Usiminas começa processo de demissão de 1.800 funcionários em Cubatão

Por #Santaportal em 20/01/2016 às 09:24

CUBATÃO – Um grupo de sindicalistas está na porta da Usiminas, em Cubatão, na manhã de quarta-feira (20), para orientar os funcionários que estão sendo demitidos pela empresa. Os desligamentos começaram na terça-feira (19), e 460 empregados não fazem mais parte do quadro da empresa.

De acordo com o Sindicato dos Metalúrgicos, 30 funcionários foram desligados nesta quarta (20). Segundo apurou a reportagem da Santa Cecília TV, os funcionários já estão deixando a Usiminas. Alguns sindicalistas estão no local para orientar os demitidos.

Segundo a Usiminas, as demissões são consequências do ajuste de capacidade produtiva e um total de 1800 funcionários diretos serão desligados. Os cortes foram anunciados em novembro de 2015, e a estimativa inicial seria de 4 mil demissões. Um dos auto-fornos da siderúrgica foi desligado em janeiro, e não será retomado.

Com prejuízo de mais cerca de R$ 1 bilhão no terceiro trimestre de 2015, em dezembro do mesmo ano a Usiminas iniciou a desativação de um dos setores responsável pela produção da matéria-prima para construção do aço. Várias manifestações foram realizadas para que as demissões não fossem iniciadas em 2015, e o presidente da empresa alegou que elas começariam em janeiro de 2016.

Em nota, a siderúrgica disse que paraminimizar o impacto da medida e reduzir o número de demissões, a empresa realizou um estudo e vai redirecionar cerca de 300 empregados para atividades antes terceirizadas. Para os desligamentos, que seguem os cronogramas de desativação dos equipamentos, estão sendo priorizados empregados que já possuem alguma renda, como aposentados, e trabalhadores já em condições de se aposentar.

Depois de nove reuniões de negociação com os sindicatos e o Ministério Público do Trabalho, a empresa também decidiu oferecer um conjunto de benefícios extras ao empregados desligados, como manutenção dos planos de saúde e odontológico por 3 a 6 meses; opção por auxílio-alimentação por até 4 meses ou retorno de férias correspondente a 20 dias de trabalho; pagamento de contribuição previdenciária por três meses; seguro de vida por até quatro meses; prioridade na recontratação quando da reativação dos equipamentos e treinamento para recolocação profissional, além de cartas de recomendação.

Segundodados divulgados pelo Instituto Aço Brasil, o mercado de aço brasileiro despencou 26% em apenas um ano. O comunicado termina informando que “diante desta crise sem precedentes, a Usiminas não teve alternativa senão ajustar sua capacidade de produção à realidade do mercado”.

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