Secretária adjunta de governo é exonerada e vereador passa por audiência após prisões em operação

Por Santa Portal em 17/04/2024 às 11:00

Divulgação/Câmara dos Deputados
Divulgação/Câmara dos Deputados

A servidora Fabiana de Abreu Silva foi exonerada pela Prefeitura de Cubatão, na tarde desta terça-feira (16) e o vereador da cidade, Ricardo Queixão (PSD) passa por audiência de custódia, no Fórum de Santos, entre a manhã e a tarde desta quarta (17). O advogado de André do Rap e diretor da Câmara de Cubatão, Áureo Tupinambá, também foi detido durante as investigações.

Fabiana atuava como secretária adjunta de governo em Cubatão, enquanto Queixão iniciou a carreira no Legislativo da cidade em 2012.

Ao Santa Portal, o advogado de Tupinambá, Marcelo Cruz, afirmou que o investigado se encontra “sereno”, pois alega não ter participação nas atividades ilícitas em apuração. “A defesa técnica solicitou acesso aos autos, a fim de demonstrar a absoluta ausência de responsabilidade criminal do investigado”, disse a defesa. Tupinambá passou por audiência de custódia na terça-feira (16). A reportagem não localizou os advogados de Queixão e Fabiana até o fechamento desta matéria. O espaço segue aberto para manifestações.

Em nota, a Câmara de Cubatão informou que que tomou ciência da referida operação nesta manhã (16) e que está colaborando com as equipes de investigação, fornecendo todos os documentos solicitados pelas autoridades. A Prefeitura de Cubatão afirmou que que não foi citada na investigação que apura as eventuais irregularidades em contratos da Câmara.

Operação Munditia

Deflagrada em todo o estado pelo Ministério Público (MPSP), por meio do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO) e da Polícia Militar, a ação tem como objetivo desarticular um grupo criminoso, associado ao Primeiro Comando da Capital (PCC) e investigado por inúmeras fraudes em licitação em todo o Estado.

Segundo o apurado pelo Gaeco, as empresas envolvidas simulavam concorrência com outras pessoas jurídicas, que atuavam em parceria ou integravam um mesmo grupo econômico, para obter contratos públicos voltados a serviços de facilities, notadamente os de mão de obra para limpeza e postos de fiscalização e controle. Só nos últimos cinco anos, o grupo firmou contratos que chegam a R$ 200 milhões. 

Yuri Frisberg, promotor de Justiça do Gaeco, afirmou que a Munditia tinha 15 alvos de mandados de prisão cautelar.

“Tivemos ainda 42 mandados de busca cumpridos, com a apreensão de quatro armas de fogo e grande número de munições, 22 celulares, 22 notebooks, R$ 3,5 milhões em cheques, cerca de R$ 600 mil em espécie e 8.700 dólares”, disse, acrescentando que as diligências prosseguem. Os mandados foram cumpridos em endereços situados em cidades como Mogi, Guarulhos, Santos, Ferraz de Vasconcelos, Cubatão, Poá, Buri, Jaguariúna e Itatiba, entre outras.

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