Professores de Cubatão paralisam por 24 horas para pedir melhores condições de trabalho

Por Vanessa Ortiz em 20/04/2022 às 09:38

Divulgação/SindPMC
Divulgação/SindPMC

Os professores da rede municipal de Cubatão realizaram uma greve de 24 horas, que foi iniciada na terça-feira (19). Segundo apurado pelo Santa Portal, além de melhores condições de trabalho, a categoria reivindica 22,03% de perdas salariais acumuladas nos últimos três anos. 

Os profissionais começaram a se concentrar em frente ao Paço Municipal por volta das 9h de terça-feira, e contaram com o apoio de mães e alunos. Em protesto, eles carregaram faixas com os dizeres ‘Estamos em greve’. 

De acordo com o Sindicato dos Professores Municipais de Cubatão (SindPMC), quase todas as escolas aderiram a paralisação, como a UME Mario de Oliveira, UME Padre Manoel da Nóbrega, UME Elza, UME Lorena, UME João Ramalho, e a UME ULysses, entre outras. 

Ao longo do dia, foram realizadas diversas atividades, como oficina de cartazes, aula pública para explicar o descongelamento do anuênio, roda de conversa, exibição de documentário e passeata. Um ato também foi realizado junto com a Comissão de Mães de Alunos contra o sucateamento da educação, e superlotação das salas de aula.

“A educação está precarizada, sucateada. Ninguém aqui consegue achar que a escola é um lugar feliz, onde a criança quer ir para estudar. […] Chega de desgoverno, chega de descaso. Ademário, ouça a população”, afirmou uma das manifestantes durante uma live na página do sindicato.

Com a paralisação, a categoria reivindica 22,03%, índice de perdas salariais acumulado em três anos sem aumento. No entanto, o prefeito de Cubatão, Ademério Oliveira, está oferecendo 10,06%. Diante disso, o SindPMC afirma que a prefeitura não cumpre o piso salarial nacional do magistério, pagando abaixo do mínimo por lei. Além disso, a classe alega que a administração municipal erra no pagamento de centenas de professores. 

Em nota, a administração municipal informa que o Governo fez a proposta à categoria que é possível de ser honrada, uma vez que todo reajuste tem impacto sobre a previdência, e destaca que as categorias que estão na faixa salarial mais baixa contarão com reajuste de 12 a 15% e que foi concedido reajuste das funções gratificadas e na VPNI (Vantagem Pessoal Nominal Identificada). A administração também avançou para reduzir em 10% a contrapartida do vale refeição.

Já a Secretaria Municipal de Educação afirma que não há superlotação de salas de aula nas escolas da rede, pois a legislação limita as classes.  A Seduc também esclarece que há 214 profissionais de apoio na rede de ensino. Considerando que há normativa indicando que cada profissional de apoio pode atender até 3 alunos, a rede estaria defasada em apenas 14 profissionais que já estão em fase de contratação. 

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