Mapa interativo da USP registra mais de 29 sítios arqueológicos na Baixada Santista
Por Gustavo Sampaio em 28/05/2024 às 06:00
Conhecida por ser o berço da colonização portuguesa no Brasil, a Baixada Santista possui 29 sítios arqueológicos em seu território. A listagem consta em um mapa interativo criado pela USP (Faculdade de São Paulo).
O mapa possui mais de dois mil sítios registrados no estado de São Paulo e detalha os materiais arqueológicos relacionados aos grupos indígenas que viviam pela região desde milhares de anos atrás.
O mapa se faz muito importante para o estudo e documentação destes locais de escavação. Este mapa da USP, inclusive, provém o tipo de material, a tradição indígena e a datação do material.
Santos é o município com o maior número de estações arqueológicas na região, são ao todo, dez locais de escavação na cidade. Estes sítios são todos do mesmo material, sambaqui.
Os sambaquis são diversos montes de conchas que estão dispersos pela costa brasileira, principalmente pelo sul e sudeste do país. Estes materiais foram utilizados como marcadores territoriais, moradias, cemitérios e locais cerimoniais.
Guarujá, Cubatão e Bertioga possuem seis, quatro e um sítio arqueológico, respectivamente. As cidades têm ao todo 37,9 % de todos os locais de escavação na Baixada Santista.
Com cinco estações arqueológicas em seu território, Itanhaém possui vestígios de material Tupi Guarani em seu território. O sítio Urna Itanhaém é o único da cidade a apresentar esses materiais.
O povo Tupi Guarani habitou a região na época do descobrimento e da colonização portuguesa na região, e uma característica muito marcante destas regiões é a cerâmica Tupi Guarani.
Praia Grande e Peruíbe possuem ao todo três sítios, todos eles de material Tupi Guarani. Já São Vicente e Mongaguá não têm locais de escavação registrados no mapa.
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