Junho Vermelho incentiva doações de sangue; saiba onde doar na Baixada Santista

Por Santa Portal em 10/06/2024 às 11:00

Raimundo Rosa/Divulgação Prefeitura de Santos
Raimundo Rosa/Divulgação Prefeitura de Santos

O Junho Vermelho, criado em 2015 pelo movimento Eu Dou Sangue, é uma campanha de conscientização e incentivo às doações sanguíneas. A iniciativa surgiu para minimizar a redução do volume de doadores que ocorre nesta época do ano devido à queda de temperatura. Confira a situação dos hemonúcleos de hospitais da Baixada Santista e saiba como contribuir para salvar vidas.

Hospital Guilherme Álvaro

O hemonúcleo do Hospital Guilherme Álvaro (HGA), em Santos, recebe uma média diária de 20 a 30 doações, aproximadamente a metade da meta estabelecida de 57 doadores. A unidade informa que todos os tipos sanguíneos estão em falta, pois a epidemia de dengue contribuiu significativamente para a redução das doações.

Além de receber doadores santistas, cerca de 150 pessoas de São Vicente, orientadas pela Secretaria de Saúde de São Vicente (Sesau), realizam transfusões mensalmente, destinadas à Associação Beneficente de Coleta de Sangue (Colsan), de acordo com a estimativa enviada pela administração municipal ao Santa Portal. Vale ressaltar que a cidade não possui pontos de doação.

Mongaguá, por meio do Hospital Municipal Dra. Adoniran Correa Campos, na Vila São Paulo, também cadastra e leva doadores voluntários, a cada 15 dias, ao banco de sangue do Hospital Guilherme Álvaro. Os moradores da cidade devem entrar em contato pessoalmente ou pelo telefone 3506-6060 para agendar a entrevista.

A unidade funciona de segunda a sábado, das 8h às 12h30, na Rua Oswaldo Cruz, 197 – Boqueirão.

Carlos Nogueira/Divulgação Prefeitura de Santos

Santa Casa de Santos

O banco de sangue da Santa Casa de Santos tem mantido o estoque em situação segura para o atendimento das demandas do hospital, com 60 a 80 doadores diários. No entanto, o hospital reforça que os tipos sanguíneos de fatores negativos precisam de reposições contínuas, por isso, campanhas como o Junho Vermelho têm um impacto positivo significativo.

“Ações para captação de doadores de sangue são sempre necessárias, pois o Serviço de Banco de Sangue necessita de doadores frequentes, respeitando os períodos mínimos de intervalos entre as doações, que são diferentes para homens e mulheres”, ressalta a unidade em nota ao Santa Portal.

A Santa Casa de Santos colhe doações de segunda a sexta, das 7h às 16h e aos sábados, das 7h às 11h. O hospital fica na Avenida Dr. Cláudio Luiz da Costa, 50 – Jabaquara.

Hospital Municipal de Cubatão

O Hospital Municipal de Cubatão (HMC) não estabelece uma meta para a média diária de doações. No entanto, informa que o tipo sanguíneo que a unidade mais necessita é o O negativo (doador universal). O atendimento é de segunda a sexta-feira, das 8h às 13h. A unidade está localizada na Av. Henry Borden, s/n – Vila Santa Rosa.

Hospital Santo Amaro

O Hospital Santo Amaro (HSA), em Guarujá, tem uma média de 15 a 20 doações por dia, número que é considerado seguro. Contudo, com a chegada de dias mais frios, o volume vem diminuindo. Os tipos sanguíneos com menor estoque são os de fator negativo. “Convido a todos para comparecer ao nosso serviço e realizar uma doação de sangue. Seu ato pode salvar até quatro vidas”, enfatiza Viviane Santos, supervisora do Banco de Sangue do Hospital Santo Amaro.

A unidade colhe doações de sangue de segunda a sexta-feira das 7h às 12h, na Rua Quinto Bertoldi, 40 – Vila Maia.

Critérios básicos para doações de sangue

  • Ter idade entre 16 e 69 anos (menores de 18 anos devem apresentar consentimento formal do responsável legal).
  • Pessoas com idade entre 60 e 69 anos só poderão doar sangue se já o tiverem feito antes dos 60 anos.
  • Apresentar documento de identificação com foto emitido por órgão oficial (Carteira de Identidade, Carteira Nacional de Habilitação, Carteira de Trabalho, Passaporte, Registro Nacional de Estrangeiro, Certificado de Reservista e Carteira Profissional emitida por classe). São aceitos documentos digitais com foto.
  • Pesar no mínimo 50 kg.
  • Ter dormido pelo menos 6 horas nas últimas 24 horas.
  • Estar alimentado. Evitar alimentos gordurosos nas 3 horas que antecedem a doação de sangue. Caso seja após o almoço, aguardar 2 horas.

Impedimentos temporários

  • Resfriado: aguardar 7 dias após desaparecimento dos sintomas.
  • Gravidez
  • 90 dias após parto normal e 180 dias após cesariana.
  • Amamentação (se o parto ocorreu há menos de 12 meses).
  • Ingestão de bebida alcoólica nas 12 horas que antecedem a doação.
  • Tatuagem / maquiagem definitiva nos últimos 12 meses.
  • Situações nas quais há maior risco de adquirir doenças sexualmente transmissíveis: aguardar 12 meses.
  • Qualquer procedimento endoscópico (endoscopia digestiva alta, colonoscopia, rinoscopia etc): aguardar 6 meses.
  • Extração dentária (verificar uso de medicação) ou tratamento de canal (verificar medicação): por 7 dias.
  • Cirurgia odontológica com anestesia geral: por 4 semanas.
  • Acupuntura: se realizada com material descartável: 24 horas; se realizada com laser ou sementes: apto; se realizada com material sem condições de avaliação: aguardar 12 meses.
  • Vacina contra gripe: por 48 horas.
  • Herpes labial ou genital: apto após desaparecimento total das lesões.
  • Herpes Zoster: apto após 6 meses da cura (vírus Varicella Zoster).
  • Brasil: estados como Acre, Amapá, Amazonas, Rondônia, Roraima, Maranhão, Mato Grosso, Pará e Tocantins são locais onde há alta prevalência de malária. Quem esteve nesses estados deve aguardar 12 meses para doar, após o retorno.
  • EUA: quem esteve nesse país deve aguardar 30 dias para doar, após o retorno.
  • Europa: quem esteve nesse país deve aguardar 30 dias para doar, após o retorno
  • Malária: países com prevalência de malária deve aguardar 30 dias para doar, após o retorno.
  • Febre Amarela: quem esteve em região onde há surto da doença deve aguardar 30 dias para doar, após o retorno; se tomou a vacina, deve aguardar 04 semanas; se contraiu a doença, deve aguardar 6 meses após recuperação completa (clínica e laboratorial).

Impedimentos definitivos

  • Hepatite após os 11 anos de idade.
  • Evidência clínica ou laboratorial das seguintes doenças infecciosas transmissíveis pelo sangue: Hepatites B e C, AIDS (vírus HIV), doenças associadas aos vírus HTLV I e II e Doença de Chagas.
  • Uso de drogas ilícitas injetáveis.
  • Malária.
  • Hepatite após o 11º aniversário: Recusa Definitiva;
    Hepatite B ou C após ou antes dos 10 anos: Recusa definitiva;
    Hepatite por Medicamento: apto após a cura e avaliado clinicamente; 
    Hepatite viral (A): após os 11 anos de idade, se trouxer o exame do diagnóstico da doença, será avaliado pelo médico da triagem.
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