Greve de ônibus em Cubatão entra no terceiro dia

Por #Santaportal em 08/03/2017 às 11:21

CUBATÃO – A paralisação dos ônibus urbanos e escolares, em Cubatão, entrou no terceiro dia. A decisão foi tomada em uma assembléia na manhã desta quarta-feira. O Tribunal Regional do Trabalho (TRT-SP) marcou, para as 15 horas de sexta-feira (10), audiência de instrução e conciliação sobre a greve iniciada na madrugada de segunda-feira (6).

O desembargador e vice-presidente judicial Carlos Roberto Husek designou a reunião na tarde desta terça-feira (7), atendendo a requerimento de dissídio coletivo do departamento jurídico do sindicato dos trabalhadores em transportes rodoviários.
Segundo o advogado Eraldo Aurélio Franzese, o sindicato requereu, por meio de liminar, o pagamento dos salários de fevereiro e dos dias de paralisação, além de multa prevista no acordo coletivo de trabalho com a empresa Translíder.

O presidente do sindicato, Valdir de Souza Pestana, diz que a greve se sustentará até o dia da tentativa de conciliação. Segundo ele, se não houver acordo, a paralisação será mantida até o dia do julgamento, que será definido após a audiência de sexta-feira.
” Uma situação difícil para a população e mais difícil ainda para os grevistas e suas famílias, que já entram em desespero com a falta de dinheiro para pagamentos de contas, aluguéis e compra de mantimentos”, diz o sindicalsita .

O presidente do sindicato adverte que os empregados da Translíder estão enfrentando outro grave problema: a suspensão do plano de saúde.
Segundo ele, a empresa vem atrasando também as mensalidades da Intermédica: “Muitas pessoas estão em tratamento e terão os procedimentos interrompidos. Até cirurgias poderão ser canceladas”.

A empresa tem 181 motoristas, 135 cobradores, monitoras escolares, empregados administrativos e de oficinas, totalizando 450 pessoas.
Ela opera com 64 ônibus convencionais e 46 micro-ônibus, estes para 2.600 estudantes da rede municipal. A greve mais recente foi em 17 de janeiro, também por atraso salarial.A greve atinge cerca de 22 mil pessoas. A Translíder alega que não dispõe de recursos para pagar os funcionários, porque não está recebendo o repasse de R$ 1,12 por passagem de ônibus a título de subsídio prometido pela administração Marcia Rosa (PT), no ano passado.

O prefeito Ademário da Silva (PSDB) considera esse subsídio ilegal e só se compromete a pagar R$ 0,50 por cada passagem.O prefeito afirmou que não encontrou nenhum documento firmado pela ex-prefeita ou pelo seu sucessor, Aguinaldo Araújo (PDT), autorizando o reajuste legal do subsídio. Por causa da paralisação vans que fazem transporte alternativo foram colocados nas ruas pela Prefeitura. Mas sete foram alvos de vandalismo durante a madrugada de segunda-feira (6) , antes mesmo dos veículos iniciarem as viagens pelo Município.

loading...

Este site usa cookies para personalizar conteúdo e analisar o tráfego do site. Conheça a nossa Política de Cookies.