Família de Cubatão cria 'vakinha online' para custear tratamento da filha

Por Alanis Ribeiro em 13/11/2023 às 11:00

Reprodução/Acervo Pessoal
Reprodução/Acervo Pessoal

A pequena guerreira Maria Lys, de 3 anos, moradora de Cubatão, foi diagnosticada com paralisia cerebral, após complicações em decorrência de uma angiotomografia. Para aumentar as chances de desenvolvimento da filha e maior qualidade de vida, a família criou uma ‘vakinha online’ para auxiliar com os custos do tratamento.

“Amor” e “cuidado”, essas são as palavras que a mãe Adillys Helena da Silva, de 34 anos, usou para descrever a gestação. Tudo foi planejado cuidadosamente antes do nascimento de Maria Lys, e durante todo o período gestacional, não foi detectado nenhum problema ou agravo na saúde de ambas. 

Porém, após o nascimento, Maria Lys precisou ficar internada na Santa Casa de Santos, pois os médicos detectaram imediatamente um cansaço excessivo em sua respiração. Durante o tempo de internação, foi identificado uma anomalia congênita no coração, onde precisou passar por inúmeros exames para obter a confirmação de que se tratava da tetralogia de fallot, uma condição rara, que pode resultar no transporte de sangue venoso em oxigênio diretamente para o corpo. 

Após o resultado, com dois meses de idade, a pequena precisou ser transferida imediatamente para o Hospital das Clínicas, em São Bernardo do Campo, para a área de cardiologia infantil, onde passou a fazer acompanhamento periodicamente. 

Aos seis meses de idade, em outubro de 2020, Maria Lys passou pelo cardiologista, que a encaminhou para realizar uma angiotomografia (identifica alterações na estrutura e no funcionamento dos vasos sanguíneos), onde precisou se internar novamente para realização.

Adillys Helena relembra que a filha estava bem nos dias anteriores ao exame, mas que no dia em que ele seria realizado, a saturação se encontrava baixa. Então foi descoberto que durante o período de internação, Maria Lys pegou covid-19. 

O exame precisa ser realizado com a paciente sedada. No entanto, ao realizar a sedação, Maria Lys sofreu uma parada cardíaca de 30 minutos, onde foram feitas seis reanimações para conseguir trazer de volta a pequena guerreira.

Devido ao tempo que o cérebro ficou sem oxigenação, uma lesão cerebral foi detectada no lado direito do cérebro. 

“De lá pra cá, foi só correria. No dia seguinte, os médicos vieram me falar que seria necessário ela fazer uma cirurgia paliativa de emergência, para melhorar o fluxo da horta para pulmonar, para veia a pulmonar, para melhorar a respiração” declara a mãe. 

Em novembro de 2020, como não houve melhora do seu quadro clínico, precisou ser feita a correção total da cardiopatia dela, que até o momento era a maior das preocupações, pois colocava sua vida em risco.

“Ela foi para o centro cirúrgico só com 1% de chance de sobrevivência, porque como era correção total do coração, era uma cirurgia extensa, era uma criança que já estava vindo da UTI cardiológica, não veio de casa, tinha todas as propensões. E mesmo assim, se saiu bem”, acrescenta. 

Em janeiro de 2021, os médicos deram o veredito de que os problemas cardiológicos foram sanados. No entanto, devido às consequências anteriores, foi diagnosticada com paralisia cerebral, por conta do tempo que ficou sem oxigenação. 

Há um ano e meio, a família de Maria Lys vem se desdobrando de sua humilde realidade, para arcar com os cuidados e tratamento para possibilitar o desenvolvimento e aumento da qualidade de vida da pequena. 

O pai, Jonatas de Paula Silvino, de 34 anos, faz o que pode com o salário de motorista de aplicativo e frentista, mas os custos começaram a ficar mais altos conforme a guerreira cresce. 

“Não ganhamos nenhum auxílio do governo, fazemos o possível e impossível com o que temos, mas realmente é tudo muito difícil. Mas nossa maior dificuldade é não conseguir proporcionar todo o tratamento adequado que ela precisa”, declara o pai. 

Sendo assim, para alcançar os valores dos tratamentos e medicamentos, a família criou uma ‘vakinha online’, para conseguir aumentar as chances de vida da filha. Aos interessados em contribuir podem acessar o link.

Até o momento já foi arrecadado R$ 5.270,00, mas a meta da família é conseguir R$ 25 mil até o término da campanha online para custear todo o tratamento.

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