Histórico da seleção em Copas mostra que Sérvia e Suíça são pedreiras

Por Luís Curro / Folhapress em 23/11/2022 às 16:00

Nesta quinta-feira (24), a seleção brasileira fará sua estreia na Copa do Mundo do Qatar contra a Sérvia, às 16h (horário de Brasília).

E, pelo histórico de resultados do Brasil em Mundiais contra o país que herdou esportivamente o espólio da Iugoslávia, o otimismo em relação a uma vitória deve ser comedido.

O mesmo pode ser dito em relação a outro europeu, a Suíça, segundo oponente da seleção de Tite, no dia 28 (segunda-feira), na competição no Oriente Médio, na qual o time canarinho buscará o hexacampeonato.

Moleza mesmo, na teoria, só o jogo que encerra a participação do Brasil no Grupo G, no dia 2 de dezembro (sexta-feira), diante da República dos Camarões.

Na história das Copas do Mundo, o Brasil tem aproveitamento de vitórias igual ou superior a 50% diante de 38 das 46 seleções que enfrentou.

E tanto a Sérvia como a Suíça estão no pequeno grupo de oito equipes que conseguiram segurar o Brasil na maioria dos confrontos, ou em todos.

A primeira vez que o Brasil, já dirigido por Tite, duelou com a Sérvia após a desintegração da Iugoslávia (em 1992) foi na Copa de 2018, na Rússia, e ganhou de 2 a 0 (gols de Paulinho e Thiago Silva), no jogo final da fase de grupos.

Antes disso, jogou quatro vezes contra a Iugoslávia. E só ganhou uma.

Na primeira partida do Brasil em uma Copa, no Uruguai-1930, os iugoslavos triunfaram, 2 a 1 -o gol do Brasil, que perdia por 2 a 0 antes de descontar, foi de Preguinho.

O segundo encontro aconteceu no Maracanã, na primeira fase da Copa de 1950, e Ademir e Zizinho marcaram os gols no 2 a 0 do Brasil.

Brasileiros e iugoslavos se enfrentaram depois mais duas vezes, sempre na fase de grupos, nos Mundiais de 1954 (Suíça) e 1974 (Alemanha Ocidental), e houve dois empates: 1 a 1 (gol de Didi) e 0 a 0, respectivamente.

Ou seja, a porcentagem de vitórias do Brasil diante de iugoslavos/sérvios é de 40%.

O cenário piora drasticamente quando o adversário é a Suíça. Em dois encontros, nenhuma vitória brasuca. Contudo, para ver o lado positivo, nenhuma derrota também.

Na etapa de grupos da primeira Copa que sediou, 72 anos atrás, o Brasil encarou, além dos iugoslavos, os suíços.

A partida ocorreu no estádio do Pacaembu, em São Paulo, e a equipe treinada por Flávio Costa esteve duas vezes à frente no placar (gols de Alfredo e Baltazar), porém duas vezes permitiu a igualdade.

O segundo jogo com os suíços aconteceu na Copa na Rússia, quatro anos atrás, na estreia dos dois times nesse Mundial. Philippe Coutinho anotou para o Brasil, e a igualdade veio no segundo tempo, com Zuber -que fez falta em Miranda no lance.

De todos os rivais em Copas, além da Suíça, o Brasil só não derrotou Portugal (um empate e uma derrota), Noruega (uma derrota) e Hungria (duas derrotas).

Diante dos camaroneses, a situação é diferente. E para melhor, com 100% de êxito.

Tanto nos EUA-1994, na campanha do tetra, como no Brasil, em 2014, a seleção brasileira ganhou, e bem: 3 a 0 (Romário, Márcio Santos e Bebeto) na Califórnia, e 4 a 1 (Neymar, duas vezes, Fred e Fernandinho) em Brasília. Os dois embates se deram na fase de grupos.

Além de Sérvia (40%), Suíça, Portugal, Noruega e Hungria (todos 0%), o Brasil tem um índice de vitórias em Copas do Mundo inferior a 50% somente contra outros três países: Itália (40%: duas vitórias, um empate e duas derrotas), França (25%: uma vitória, um empate e duas derrotas) e Holanda (20%: uma vitória, um empate e três derrotas).

O levantamento considera o tempo normal e a prorrogação das partidas, desconsiderando o resultado das disputas de pênaltis.

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