Sangue Jovem encerra carnaval santista com viagem pelas raízes da primeira cidade do Brasil
Por Marcela Morone em 23/02/2025 às 06:00
A Sangue Jovem levou à Passarela do Samba Dráuzio da Cruz um desfile vibrante e cheio de história com uma celebração à cidade de São Vicente como a célula-mater do Brasil. A agremiação da Vila Belmiro encerrou os desfiles do carnaval santista, no fim da madrugada deste domingo (22).
A escola explorou as origens da cidade, desde os povos ancestrais, passando pelas batalhas contra invasores e a luta pela liberdade e crescimento. Com 1.200 componentes, a Sangue Jovem levou à avenida 14 alas e três alegorias.
A comissão de frente representou os conflitos indígenas nos primórdios da Ilha de São Vicente, quando ainda se chamava Gohayó. O abre-alas veio logo atrás, mostrando a chegada dos portugueses à primeira cidade do Brasil com uma grande caravela. À frente da alegoria, uma baleia – símbolo da Sangue Jovem e do Santos FC.
Sem perder a energia, o responsável pela comissão de frente, Jocelino Phaiva, desfilou pela segunda vez na noite. A primeira foi à frente da Império da Vila, no Grupo de Acesso. “Foi incrível falar de São Vicente, a Sangue Jovem me deu esse presente. Fechar o carnaval santista foi brilhante, ainda mais com esse tema maravilhoso que é São Vicente, que todo mundo quer saber mais”, disse.
As alas da Sangue Jovem ainda contaram a criação da Vila de São Vicente, sem deixar de homenagear a posterior chegada dos imigrantes. O artesanato caiçara e a cultura nordestina também foram valorizados pela escola.
A escola encerrou o desfile com 57 minutos, dois a mais do que o limite imposto pelas regras do carnaval santista. Para cada minuto ultrapassado, a escola deve receber cinco décimos de penalização.
A Sangue Jovem conquistou o 6º lugar do Grupo Especial em 2024 e, neste ano, briga pelo título que não vai para a Vila Belmiro desde 2006.
