Real Mocidade exalta o legado imortal de Luiz Gonzaga na passarela do samba
Por Marcela Morone em 22/02/2025 às 05:26

A Real Mocidade Santista encantou o público na madrugada deste Sábado (22) ao encerrar a primeira noite do carnaval santista com a história de Luiz Gonzaga, o “Rei do Baião”, em uma saudosa homenagem ao icônico músico nordestino.
Com o enredo Do Sertão à eternidade, a saga do Rei do Baião. 35 anos de saudade, a escola trouxe à passarela a trajetória musical de Gonzaga, ressaltando seu legado imortal e a continuidade de sua tradição através do trabalho de seu filho, Gonzaguinha.
Com uma coreografia bem elaborada, Gonzaga e Gonzaguinha, interpretados pelas jovens Beatriz Almeida e Maitê Nunes, protagonizaram a comissão de frente.
Apesar da pouca idade, Beatriz já tinha consciência da responsabilidade. “Foi uma experiência muito gostosa de viver, porque ele [Luiz Gonzaga] é um personagem cultural muito importante que nós tivemos”, disse ela. A pequena Maitê, que interpretou Gonzaguinha, concordou com a parceira mais velha.
O abre-alas da Real Mocidade entrou na avenida com um grande leão, símbolo da escola do Marapé. O desfile contou com 1.200 componentes, distribuídos em 14 alas e três alegorias, e foi embalada pela bateria Swing do Leão. “Olha pro céu, meu amor, a estrela brilhou”, cantavam os foliões, destacando a saudade que o músico, que morreu em 1989, deixou.
Festividade com forte tradição no nordeste, as cores das bandeirinhas de festa junina coloriram a ala que seguiu o abre-alas, com uma multidão de cangaceiros e “Asas Brancas” logo atrás.
Apesar do foco na família Gonzaga, a Real Mocidade não deixou de homenagear outros grandes músicos brasileiros. Gal Costa, Gilberto Gil e Fagner foram alguns dos artistas que ilustraram uma das alas. A segunda alegoria entrou na avenida com um imponente Luiz Gonzaga, cercados por sanfonas e balões de São João.
Fundada em 1985, a Real Mocidade Santista já foi campeã do Grupo de Acesso duas vezes. Em 2024, a agremiação do Marapé conquistou o 7º lugar do Grupo Especial e, neste ano, busca o título inédito.
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