Alvorada do Samba mantém viva tradição de mais de seis décadas em Santos
Por Santa Portal em 03/12/2024 às 16:00
A comunidade do samba se reuniu, nos primeiros raios de sol da manhã desta segunda-feira (2), para a realização da 61ª edição da Alvorada do Samba de Santos. O pátio da CET-Santos, na Vila Mathias, mesmo lugar onde um dia foi o Quilombo do Pai Felipe, o Rei Batuqueiro, ficou mais uma vez lotado para a ocasião, que reuniu sambistas, autoridades e público em geral.
O evento realizado pela Secretaria de Cultura, em parceria com o Conselho do Samba e Liga Independente e Cultural das Escolas de Samba de Santos, marcou também as comemorações do Dia do Samba, celebrado nesta segunda.
Seguindo a tradição, a Alvorada do Samba foi aberta com queima de fogos, seguida do toque de clarim, execução das 21 batidas no surdo e a deposição de flores no monumento em homenagem a Pai Felipe, acompanhada pela corte carnavalesca, casais de mestre-sala e porta-bandeira das escolas de samba da Cidade e diversas personalidades do mundo do samba.
Em um dos momentos mais marcantes da solenidade desta manhã, o Marechal do Samba, J. Muniz Jr, recebeu uma homenagem o nomeando como ‘Sambista Imortal’. Duas funcionárias da Secretaria de Cultura (Secult) também foram laureadas, Conceição Calixto e Júlia Martins, pelo trabalho e apoio ao desenvolvimento da preservação da cultura popular em Santos.
Na parte final da celebração, o Conselho do Samba de Santos entregou novas patentes a pessoas que trabalham para o desenvolvimento do carnaval na Cidade. Foi agraciada com o título de ‘Dama do Samba’ Maria Luíza Lombardi (Padre Paulo). Já na patente de ‘Cabo do Samba’ foram nomeados Evelásio Santana, o Mestre Nei, (Independência); João Carlos Augustinho, Mestre Dão (Independência); Orozimbo Bicalho, o Bimbo (Padre Paulo); Alaeldos Santos (Amazonense), e Ivanir de Barbosa, o Nikimba (Amazonense).
Presente na solenidade, a vice-prefeita de Santos, Renata Bravo, ressaltou o trabalho feito pela Prefeitura de Santos no cuidado com as tradições da cultura popular. “Santos é uma cidade que preserva a história, preserva a sua tradição. E não só faz a preservação como também ensina que isso seja feito por muito mais tempo em nossa cidade”.
Ao som da bateria da escola de samba Real Mocidade, o evento foi encerrado com grande roda de samba, confraternizando com sambistas e público.