20/10/2022

CRÍTICA DE CINEMA

Crítica | Swallow

Por Gabriel Fernandes em 20/10/2022 às 10:00

Este é mais um daqueles casos de projetos que são interessantes e curiosos, por causa de sua premissa maluca e diferente. Escrito e dirigido por Carlo Mirabella-Davis (que estreou nos cinemas, com este filme), “Swallow” fará todo o sentido se você tiver a mente aberta para a mensagem e um conhecimento de psicologia (mesmo que seja breve).   

A história gira em torno de Hunter (Haley Bennett) que acaba de descobrir estar grávida de seu marido Richie (Austin Stowell). Com sentimentos malucos (como acontece em quase toda a gravidez), ela passa a comer objetos cortantes e aleatórios como tachinhas, vidros, grampos e até vidros. Então aos poucos, passamos a entender que o motivo disso, vai muito mais além destes estranhos desejos dela.    

Imagem: MUBI (Divulgação)

Sim, a grande estrela deste projeto é Bennet, que apesar de ela ter roubado a cena logo em seu primeiro grande filme (que foi o sucedido “Letra e Música”), este é sem dúvidas o seu papel mais ácido e dramático na carreira (lembrando que ela já fez vários papéis delicados, mas em filmes medianos como “A Garota do Trem”). Suas expressões de medo, dúvida e até mesmo insegurança são repassadas a todo momento, inclusive nas sequências onde ela começa a pensar em comer os objetos citados.

Não podemos dizer que é um filme de terror (datada temática inusitada), mas sim um drama bastante forte e reflexivo. Já que estamos falando de uma trama que engloba também assuntos polêmicos como aborto e conservadorismo (assuntos que fazem muitas pessoas até mesmo evitarem ou denegrirem algumas produções, devido a abordagem em alguns casos).

Não irei adentrar em spoilers, mas há um determinado ponto que a narrativa muda o foco (e isso é plausível, pois já haviam preparado o espectador para tal) e vemos o quão a situação estava complexa ainda mais (e Bannet dá mais um show de interpretação). 

Swallow” é mais um interessante projeto diferente, e que foge dos padrões de reflexão e até mesmo nos faz pensar o quão o passado pode influenciar em situações chaves, em nosso presente.

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