13/12/2022

CRÍTICA DE CINEMA

Crítica | Mundo Estranho

Por Gabriel Fernandes em 13/12/2022 às 10:00

Realmente a Disney não está em seus melhores dias, e justamente no ano pelo qual completa 100 anos de existência, temos a pior leva de produções do estúdio. “Mundo Estranho” só comprova que o selo está cada vez mais abstendo de criatividade e empolgação para contar suas histórias (que um dia já emocionaram vários adultos e crianças). Mesmo focando o marketing totalmente na questão de que seria “a primeira animação do estúdio com um protagonista homossexual”, isso acaba não sendo sinônimo que a qualidade do próprio seria ótima.

A história é centrada nos aventureiros Searcher Clade e Jaeger Clade, que ficaram famosos por ser uma dupla de Pai e filho responsáveis por descobrirem uma das mais importantes fontes de energia de sua cidade. Porém, 25 anos depois do segundo ter desaparecido, a fonte parece estar aparentando problemas, o que faz a família Clade se juntar com seus antigos parceiros de aventuras para tentarem solucionar o mesmo.

Imagem: Walt Disney Pictures (Divulgação)

O principal problema desta animação decai sobre o pobre roteiro de Qui Nguyen (que também assina a direção com Don Hall), que não se aprofunda em absolutamente nada. Temos personagens desinteressantes, situações que se resolvem em menos de 30 segundos (parece que não existe dificuldades em uma viagem para outro universo) e até mesmo tramas totalmente tiradas de outros filmes (como “Indiana Jones“, “Viagem ao Centro da Terra“, até mesmo a clássica animação “Atlantis: O Reino Perdido” da própria Disney).   

Outro ponto desfavorável é no quesito técnico, cujos traços da animação parecem terem sido feitos às pressas (o que vem ocorrendo com boa parte das produções da Disney, como um todo). Conhecida por seus ricos detalhes até mesmo nos designs de produção, não existe nada que realmente mereça ser conferido nas telas do cinema (ao contrário de animações como “Red” e “Soul“, que foram direcionadas direto para o Disney+).    

Em sua conclusão, “Mundo Estranho” mostra o tamanho desleixo da Disney ao tentar fazer um enredo já conhecido pelo espectador, e não oferecer absolutamente nada que vingue a qualidade do selo.

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