28/09/2022

CRÍTICA DE CINEMA

Crítica | Justiceiras

Por Gabriel Fernandes em 28/09/2022 às 10:00

Não é novidade que a Netflix cada vez mais aposte em nomes como Camila Mendes e Maya Hawke, para usar em suas produções (afinal, enquanto uma faz sucesso em “Riverdale” a outra em “Stranger Things“). Em “Justiceiras“, eles pegam uma famosa fórmula que deu certo nos anos 80, nas produções concebidas por John Hudges (“Clube dos Cinco“), para conceber uma produção que realmente se assemelhe com o que fora vista naquela época, mas com um viés mais “atual”. E é aí que está o problema desta produção, que extrapola neste quesito e nos distancia de suas características.    

A história tem início com Drea (Mendes), que após ter seu vídeo íntimo vazado para toda sua escola, passa a querer vingança pelos responsáveis pelo ato. E neste meio tempo ela acaba tendo seu caminho cruzado com Eleanor (Hawke), uma nova aluna do local e que passou por um momento turbulento em seu recente namoro. As duas acabam se unindo por um bem comum: a de vingança para aqueles que lhes humilharam.     

Imagem: Netflix (Divulgação)

Já dizia o poeta Seu Madruga “A vingança nunca é plena, mata a alma e a envenena”. Antes o roteiro de Celeste Ballard e Jennifer Kaytin Robinson (que também assina a direção), fosse concebido com esta frase como plano de fundo. Uma vez que apesar de termos duas atrizes com um ótimo carisma, o enredo capta pelo estilo clichê e habitual de ambas: a patricinha latina e a famosa “maria moleque”. Se o público alvo tiver na faixa dos 8/14 anos, esta produção realmente foi feita para elas, agora os mais velhos os erros e falta de conectividade ocorrerão de forma constante.   

Nem mesmo a ponta da famosa atriz dos anos 90 Sarah Michelle Gellar (a famosa “Buffy”), consegue ter uma ponta relevante neste longa (inclusive, parece ser uma estratégia da Netflix, ao chamar estes atores dos anos 80/90, para suas produções, com o intuito de chamar o espectador mais velho). E quando tudo não parecia ficar mais esquisito, temos aquela enorme sensação de vários tópicos terem sido jogados e sem um intuito de serem explorados direto (vide o arco da antagonista Erica, vivida por Sophie Turner).

Justiceiras” acaba se tornando mais uma produção teen da Netflix, que certamente fará sucesso entre os pré-adolescentes fãs de Camila Mendes e Maya Hawke.

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