Este site usa cookies para personalizar conteúdo e analisar o tráfego do site. Conheça a nossa Política de Cookies.

27/12/2022

CRÍTICA DE CINEMA

Crítica | Gemini: O Planeta Sombrio

Por Gabriel Fernandes em 27/12/2022 às 10:00

É difícil imaginar que em meio a um cenário com vários filmes que não conseguem verba para serem feitos, com a mesma temática, “Gemini: O Planeta Sombrio” conseguiu ganhar sinal verde do estúdio. Feito em parceria entre o cinema russo e estadunidense, não conseguia ver outra coisa, a não ser os diversos erros de edição, mixagem (inclusive era nítido que alguns diálogos foram alterados na pós-produção, por não baterem ao movimento dos lábios dos atores) e roteiro.

Em meio a uma situação apocalíptica que vem se encontrando o planeta terra, um grupo de cientistas são enviados para o espaço para procurarem um planeta que seja habitável para os seres humanos. Só que eles não imaginavam que encontrariam um ser alienígena, disposto a exterminar um por um.

Imagem: Paris Filmes (Divulgação)

Realmente é perceptível que os roteiristas Natalya Lebedeva e Dmitriy Zhigalov eram fãs dos longas “Alien” e “Interestelar“, pois o enredo é uma mescla totalmente pobre destes e para se assemelhar algumas situações gritantes são colocadas. Como por exemplo a relação amorosa entre os cientistas Steve (Egor Koreshkov) e Amy (Alyona Konstantinova), que mesmo não possuindo alguma química (e atuações que beiram a primeira aula de teatro) em cena, são colocados em um arco totalmente pobre e que remete ao segundo filme citado.

Isso sem citar algumas situações totalmente chulas, que acabam sendo uma afronta para a inteligência do espectador (bastava alguém de fora ter comentado com os envolvidos no projeto, que as decisões não estavam sendo as melhores). E quando somos apresentados ao próprio alienígena, faltou aquela presença, medo e ameaça, já que acabamos torcendo para ele terminar o serviço e o filme terminar o mais rápido o possível.  

Gemini: O Planeta Sombrio” termina sendo mais um filme de horror que só serve para encher o catálogo das plataformas de streaming, e causar raiva naqueles que perderam tempo vendo uma história cheia de problemas.