20/07/2022

CRÍTICA DE CINEMA

Crítica | Boa Sorte, Leo Grande

Por Gabriel Fernandes em 20/07/2022 às 18:24

Esta é mais uma daquelas típicas produções que funcionarão perfeitamente para o público feminino dos 40 anos, para frente. Digo isso com total clareza, pois a dramaturga Emma Thompson (“Cruella“) já é conhecida por entender este tipo de pensamento há bastante tempo (só pegarmos quaisquer de seus filmes durante os anos 90). Apesar dela não ser responsável por nada atrás das câmeras, vemos que a roteirista Katy Brand e a diretora Sophie Hyde fizeram “Boa Sorte, Leo Grande” totalmente pensado para ser estrelado pela veterana.    

A história tem inicio com a acanhada professora Nancy Stokes (Thompson) que resolve contratar o garoto de programa Leo Grande (Daryl McCormack) para ter um simples atendimento. Porém, a medida que ambos começam a conversar sobre seus pensamentos sobre sexo e paixão, a dupla percebe o problema é mais complexo do que imaginam.

Imagem: Paris Filmes (Divulgação)

Apesar de 90% da narrativa se resumir a um quarto de hotel e conversas entre os personagens citados, é inevitável que o público feminino se sentirá totalmente mais a vontade com este tipo de enredo. Assim como ocorreu no recente “A Filha Perdida” (que foi até indicado ao Oscar), estamos falando de uma temática bastante delicada, pelas quais muitas mulheres ainda possuem certo receio em comentar (que é o sexo depois de uma determinada idade).

E acaba caindo como uma luva Thompson ter sido escalada para este tipo de papel, pois além dela ser uma verdadeira Camaleoa, há um certo público que já está íntimo do trabalho da atriz e desta maneira se sente “livre” de ver ela falando abertamente destes assuntos. Ainda mais por conta do enorme parâmetro que é exercido por McCormack, que realmente se mostra como o verdadeiro “psicólogo” da situação (cujos enquadramentos de Hyde, em seus olhos, são quase sempre sobre este intuito).     

Boa Sorte, Leo Grande” é um filme que poderá fazer um enorme sucesso entre o público mais maduro, e fará o público feminino a refletir bastante sobre a questão de ter “amor próprio”.

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