CRÍTICA DE CINEMA
Crítica | Adão Negro
Por Gabriel Fernandes em 28/10/2022 às 11:33
Sendo um dos grandes projetos pessoais do astro Dwayne Johnson, “Adão Negro” levou quase 16 anos para sair do papel, já que o mesmo havia sido anunciado como o interprete do anti-herói em meados de 2006. Entre várias contradições e discussões com a Warner Bros, o mesmo não só conseguiu realizar este filme como também se tornou um dos responsáveis por trás do retorno de Henry Cavill como Superman (inclusive, a ponta deste consegue fazer qualquer um sorrir de ponta a ponta). Conflitos à parte, como estamos falando de “um filme do Dwayne Johnson”, a melhor dica que lhe darei é: deixe sua mente na bilheteria e embarque em um dos mais divertidos filmes pipoca deste ano.
A história tem início com um grupo de pessoas que acabam despertando o poderoso Teth Adam (Johnson), que estava adormecido há 5000 anos e que possui uma enorme sede de vingança. Sem muitas palavras, o mesmo começa a combater vários tiranos e ditadores em uma cidade egípcia. Devido suas atitudes abruptas e violentas, Amanda Waller (Viola Davis) convoca o grupo da Sociedade da Justiça, liderados pelo Gavião Negro (Aldis Hodge), para cuidar do mesmo.
Imagem: Warner Bros Pictures (Divulgação)
Começo enfatizando o quão o diretor de elenco deste filme conseguiu captar os atores ideais para os papéis protagonistas. Mesmo com Johnson e Hodge estando bem à vontade no papel, temos Pierce Brosnan (Senhor Destino, que rouba a cena homeopaticamente), Noah Centineo (Esmaga Átomo, que é uma mistura de Homem-Formiga com Deadpool) e Quintessa Swindell (Cyclone), totalmente em sintonia em cena (algo que as produções sobre heróis, não estavam conseguindo fazer com tanta facilidade). Não há tempo para piadinhas, pois o roteiro de Adam Sztykiel, Rory Haines e Sohrab Noshirvani possui apenas um foco: nos colocar no maior número de cenas de ação possíveis.
Sob o comando do cineasta Jaume Collet-Serra (que já trabalhou com Johnson em “Jungle Cruise“), elas funcionam dentro do contexto e conseguem captar nossas atenções durante boa parte da projeção, mas é nítido que em algumas sequências o CGI realmente não ficou bom (tanto que é perceptível o uso da famosa tela verde). E outro fator que é neste parâmetro, é de que certamente houveram cortes abruptos na metragem, pois não existe um cuidado mais extenso em apresentar mais dos personagens citados anteriormente (inclusive, provavelmente anunciem uma versão estendida do mesmo, nos próximos meses).
“Adão Negro” termina como um dos mais divertidos filmes da DC, onde mesmo contendo alguns erros técnicos, entretém quaisquer espectadores que buscam um divertimento brucutu e pipoca.