03/10/2022

CRÍTICA DE CINEMA

Crítica | A Queda

Por Gabriel Fernandes em 03/10/2022 às 10:00

Confesso que em um primeiro momento, ao ver a premissa deste “A Queda“, cai na gargalhada, pois o material promocional não procura analisar o contexto da história do filme e sim da ação que as duas protagonistas passam, já que elas ficam presas em uma torre de rádio abandonada. Neste contexto, me peguei no pensamento sobre o “por que diabos elas resolveram ir até lá?”, e em uma geração onde pessoas perdem tempo com coisas fúteis e caçam erros em diálogos e em frases supérfluas, isso seria algo “cabível”. Porém, o roteiro de Jonathan Frank e Scott Mann (que também assinou a direção), consegue ir até um pouco mais além.

Após seu marido Dan (Mason Gooding) sofrer um fatal acidente durante uma escalada, Becky (Grace Caroline Currey) se encontra em uma tremenda depressão por um ano. Até que sua melhor amiga Shiloh (Virginia Gardner) resolve levar a mesma para escalar uma torre de rádio de dois mil pés, com o intuito de homenagear o finado e despejar suas cinzas no topo da mesma. Só que a dupla não imaginaria que ficariam presas no local e sem ter como ter contato com o mundo exterior.    

Imagem: Paris Filmes (Divulgação)

Começo enfatizando o trabalho do diretor Scott Mann, que consegue desenvolver uma atmosfera de suspense sempre em momentos distintos, com o intuito de conseguir captar a atenção do espectador mais desatento (uma vez que o público deste filme, em muita das vezes desafia a atenção com aparelhos celulares). E o recurso só não funciona ainda mais, porque a Lionsgate não disponibilizou o mesmo na versão 3D (que certamente, causaria uma repercussão gigantesca com o apoio desta tecnologia).

Outro grande êxito são as atuações de Currey e Gardner, que tiveram uma missão complicada de atuarem diante de um fundo verde durante boa parte da projeção. Porém, o roteiro acaba apelando para diversas situações clichês e banais, pelas quais acabam fazendo o projeto ser previsível ao máximo (inclusive, eles não se atrevem a tentar brincar/enganar o espectador). 

Claramente no caso de “A Queda“, estamos falando de um projeto que merece ser visto na melhor qualidade o possível, uma vez que a atmosfera criada é para ser conferida nos cinemas e na melhor qualidade o possível.

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