09/11/2022

CRÍTICA DE CINEMA

Crítica | A Luz do Demônio

Por Gabriel Fernandes em 09/11/2022 às 10:00

É inegável que os últimos títulos de horror lançados nos cinemas, não estão sendo um exemplo de qualidade. Apesar de terem feito muito sucesso, “A Órfã 2” e “Sorria” tecnicamente não são ótimos filmes de terror (inclusive, muitos fãs do gênero se pegaram rindo durante as exibições). “A Luz do Demônio” pega o gancho deste período que contou com vários lançamentos do estilo e nos entrega um mais do mesmo, só que com mais da insistência do cinema em alterar a história.

A história gira em torno da Irmã Ann (Jacqueline Byers), que está terminando seus estudos para se tornar freira. Mas após presenciar um caso de possessão demoníaca, acaba tendo indo para na divisão de exorcismo em seu convento, junto de outros Padres. Apesar dela quebrar um protocolo da Igreja Católica (uma vez que apenas aqueles, podem exercer este tipo de atividade), a mesma descobre que tem condições para lidar com esta situação.

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Imagem: Paris Filmes (Divulgação)

O principal problema no roteiro de Robert Zappia, é que ao invés deles explorarem esta questão do exorcismo na Igreja Católica ser realizado apenas por Padres e não por Freiras, parece que este tópico é facilitado pelo próprio texto. Não existem dificuldades para Ann exercer esta função, muito menos a própria Igreja parece sempre “ceder” por conta do destino da trama (sim, é algo vergonhoso e totalmente mirando no “vamos alterar esse dogma retrógrado”).

E para fechar ainda mais o pacote, temos várias cenas de susto previsíveis, nomes conhecidos como Virginia Madsen (“Número 23“) aparecendo apenas para somar no elenco, um CGI parecendo que saiu do Playstation 2 e ainda temos a famosa criança demoníaca que vai ser centrada grande parte da história. Sim, estamos falando de um mais do mesmo (inclusive o diretor Daniel Stamm, ficou hábil neste estilo depois de “O Último Exorcismo“, lançado em 2010).

A Luz do Demônio” se torna uma vergonhosa produção de horror, que não consegue nem servir para passar o tempo.   

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