20/07/2022

CRÍTICA DE SÉRIE

Crítica | A Lista Terminal

Por Gabriel Fernandes em 20/07/2022 às 18:29

Não é novidade que Chris Pratt é um dos mais populares atores da indústria, atualmente. Após encabeçar as franquias “Jurassic World” e “Guardiões da Galáxia“, ele resolveu levar seu talento de ator de ação (lembrando que ele ficou conhecido por seu papel cômico de Andy Dwyer, na série “Parks and Recreations“) na minissérie “A Lista Terminal“. Servindo como uma notória homenagem aos grandes brucutus do cinema como Arnold Schwarzenegger (que é sogro de Pratt, na vida real), Sylvester Stallone, Bruce Willis, Charles Bronson, Clint Eastwood, Chuck Norris e etc, temos uma das mais divertidas séries lançadas neste ano.   

Baseado no livro de Jack Carr, a história mostra um grupo de militares encarregados de fazerem uma missão que parecia ser simples. Mas após um “descuido” o grupo acaba sendo morto por completo, com exceção do líder destes James Reece (Pratt). Só que um pouco depois dele retornar para casa, ele é vítima de um atentado pessoal e percebe que ambas situações estão intercaladas, o que lhe faz montar uma lista com possíveis culpados e sair em busca de vingança.    

Imagem: Amazon Studios (Divulgação)

Como estamos falando de uma série cujo produtor e diretor do episódio piloto seja o cineasta Antoine Fuqua (que já trabalhou com Pratt em “Sete Homens e um Destino“, e também está por trás de filmes como “O Protetor” e “Dia de Treinamento“), certamente é notável que esperamos o material como um todo, ser bom. Mesmo com cenas de ação de tirar o fôlego (carregadas com muita violência gráfica), intercaladas com momentos dramáticos (pelos quais acabam funcionando, pois o timing entre as duas coisas são respeitados), estamos cientes que trata-se de um texto já explorado em vários outros filmes/séries.   

Mas a graça está exatamente nisso, pois além do programa ir para uma direção onde ele sabe que às vezes é tosco (vide uma cena de explosão em uma montanha, onde James realmente se parece com o Rambo), ele não faz questão de se levar a sério o tempo todo (e isso funciona totalmente, já que também não apela para piadinhas forçadas nos diálogos). E como Pratt sabe fazer este tipo de dosagem, a atração consegue conquistar seu público alvo (uma vez que também conseguimos nos colocar em seu lugar).

Porém, como nem toda a série é perfeita, os dez episódios de 60 minutos cada, facilmente poderiam ter reduzido para oito, uma vez que não sentimos que há um vilão forte e definitivo desde o primeiro episódio (uma vez que a própria lista, sofre alterações em seus episódios). Como filme, funcionaria? Acredito que não, pois o arco precisaria de mais profundidade em suas decisões (já que ele sabe retratar as vítimas de James, antes de lhes colocar cara a cara). 

A Lista Terminal” termina sendo como um ótimo retorno de Pratt para as séries, e uma divertida homenagem ao seu sogro Arnold Schwarzenegger e seus amigos.

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