Varal de balões e raspadinha com gelo certificado fazem sucesso nas praias de SP

Por Isabella Menon e Rafaela Araújo/Folhapress em 20/01/2025 às 11:00

Rafaela Araújo/Folhapress
Rafaela Araújo/Folhapress

De longe, balões colorem o céu da praia de Riviera de São Lourenço, em Bertioga, litoral de São Paulo. Em uma espécie de varal, o comerciante Luiz Daniel da Silva Carlos, 36, estende centenas de bexigas que atraem crianças e adultos, de formatos que variam de corações, ursinhos, unicórnios a garrafas de uísque.

O marketing do vendedor foi implementado há três anos, mas foi neste verão que a ideia viralizou nas redes sociais. Em um vídeo, que soma milhões de visualizações, ele aparece calmo carregando o cordão de infláveis.

“Fui colocando aos poucos. Vi que, quanto mais colocava, mais me paravam para fotografar. Daí, fui aumentando”, diz. Ele calcula que o varal tem entre 400 e 600 balões, com 40 metros de extensão no começo do dia -a reportagem mediu o artefato na metade da tarde, e a fila estava em cerca de 30 metros.

O lucro diário ele não revela, e alega que só conta o quanto fez no dia quando chega em casa. Mas, diariamente, Luiz diz que leva quatro horas para encher os itens em casa e vai andando até a praia. O varal só fica pesado quando o vento está forte, do contrário, é tranquilo de levar, afirma.

Ao se aproximar de grupos de crianças, causa um alvoroço. Enquanto pais sacam os celulares para registrar o momento, as crianças berram quais balões vão querer levar para casa. O preço dos itens variam de R$ 35 a R$ 45, mas o balão da ponta, que dá mais trabalho para o vendedor pegar, custa R$ 100. “Se não, o pessoal vai ficar pedindo para eu sempre pegar o último”, brinca ele.

Na mesma praia, a vendedora de raspadinha Tuca Lopes, 45, exibe o carrinho que trabalha escrito “gelo de qualidade comprovada”.

O anúncio, diz ela, foi colocado porque clientes costumavam alegar que não comprariam a raspadinha por desconhecer a origem do gelo usado. Quando esse tipo de questionamento acontece, ela exibe o comprovante que mostra a data e o valor que foi pago no material fundamental para fazer o geladinho.

“Não pode ter origem duvidosa. Tudo fica guardadinho, bonitinho e aí as pessoas compram com segurança”, diz ela, que não notou queda nas vendas em meio a crise de virose que atingiu o litoral paulista.

Outro vendedor de raspadinha que tenta chamar atenção dos clientes na praia de Enseada, em Guarujá, é Ivanildo Martiliano Noberto, 37.

Com um recipiente em forma de bode cheio de cachaça no carrinho, ele vende refrescos pela praia e afirma que, quando a virose chegou no local, afastou compradores. “Naqueles dias, o povo não queria comprar não. Eu só vendia aos conhecidos. Agora, estão comprando direto.”

O carrinho com um pequeno bode chama atenção da clientela, que chega mais próximo para ver ou fotografar. Já quem o conhece já pede: “tem mijo de bode?”. Isso porque o item tem uma torneira, que foi estrategicamente acoplada na parte inferior do bicho.

Entre os comerciantes de roupas, as principais tendências para o verão são vestidos estampados, conjuntos lisos -de camisa e shorts- e presilhas de flores, que fizeram sucesso no ano passado, após Vanessa Lopes e Yasmin Brunet exibirem o item no BBB. Agora, o item é vendido a R$ 15 nas praias paulistas e aposta entre as comerciantes, que dizem que o item “vende como água”.

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