‘Serial killer’ de gatos leva pânico a tutores em Bertioga
Por Santa Portal em 28/02/2025 às 05:00

Com dois meses, Pretinho está em fase de amamentação e ficou órfão. Pantera, a sua mãe, foi encontrada morta na manhã da última terça-feira (25), na frente da casa de sua tutora, em Bertioga. Para a mulher, a felina foi mais um gato envenenado por um “serial killer” que vem agindo no bairro desde o segundo semestre do ano passado.
O corpo de Pretinha estava estirado na Rua Sebastião Arantes, no Jardim Veleiros, próximo ao canal de Bertioga e do atracadouro de balsas. A hipótese de atropelamento está descartada, porque a felina não apresentava qualquer ferimento. Estava com a boca espumando, “cena horrível igual à de outros gatos que também apareceram mortos”.
Essa informação foi revelada pela tutora, que não tem dúvidas de que a matança de gatos é decorrência de reiterados envenenamentos do serial killer. Como vivem soltos e circulam pelo entorno de suas respectivas casas, os bichos estão vulneráveis a esse tipo de ação criminosa. Os donos de felinos suspeitam de um morador que se mudou para o bairro.
“Não podemos acusar, porque não temos provas. Mas as mortes começaram após ele se mudar para cá. Ele teria comentado que não gosta de gatos e, coincidência ou não, os felinos começaram a morrer ou a desaparecer”, detalhou a tutora de Pantera e Pretinho. Segundo ela, sete felinos foram envenenados, fora os que sumiram.

Enquanto o mistério não é desvendado, os donos de gatos convivem com o medo de seus animais de estimação serem as próximas vítimas. A última vez que Pantera foi vista pela tutora foi na segunda-feira à noite (24). Na ocasião, antes de subir no telhado da casa e sair do campo de visão da mulher, ela se alimentou com ração e amamentou o filhote.
A morte de Pantera, pelo menos, foi registrada em boletim de ocorrência, mas a Polícia Civil ainda não tem pistas concretas sobre quem a envenenou. Praticar maus-tratos a cães e gatos, causando a sua morte, é crime previsto no artigo 32 da Lei 9.605/1998. A pena varia de dois anos e quatro meses a seis anos e oito meses de reclusão. (EF)