Vacinação contra a Covid-19 em SP começa dia 15 de dezembro e Estado segue em quarentena

Por #Santaportal em 24/09/2020 às 13:02

IMUNIZAÇÃO – As primeiras doses da vacina contra o coronavírus, desenvolvida pela farmacêutica chinesa Sinovac, em parceria com o Instituto Butantan, deverão estar disponíveis no Sistema Único de Saúde a partir de 15 de dezembro. O anúncio foi feito pelo governador de São Paulo, João Doria (PSDB), durante visita aos estúdios da Santa Cecília TV , na manhã desta quinta-feira (24). 

O governador afirmou que o Estado de São Paulo continuará em quarentena até a imunização contra a doença. Ele concedeu entrevista à diretora de jornalismo, Natalie Nanini. A íntegra da entrevista será exibida no Bom Dia Cidades , desta sexta-feira (25).

Segundo Doria, a Coronavac está na Fase 3 de testes humanos, que vai agora avaliar a eficácia, ou seja, se ela produz anticorpos em quantidade suficiente contra o vírus. Os resultados devem ser divulgados a partir da segunda quinzena de outubro.

“Tudo correndo bem, a testagem termina em 15 de outubro. A Anvisa tem 60 dias para a aprovação final e a emissão do laudo que permite a vacinação. Essas 5 milhões de vacinas chegam agora, dentro de 15 dias. Vamos guardar no Instituto Butantan e deixá-las prontas para o início da vacinação, a partir de 15 de dezembro”, afirmou o governador, que destacou ainda que até o início de 2021, o Estado terá 60 milhões de doses para a imunização de paulistas.

“A outra boa notícia é que 46 milhões de novas doses da vacina chegarão em dezembro. Então teremos 51 milhões de doses da vacina até dezembro. Em janeiro e fevereiro, mais nove milhões serão enviadas. Um total de 60 milhões para a imunização em São Paulo”.

A imunização no Estado de São Paulo, ainda conforme o governador, seguirá os mesmos moldes da campanha de vacinação contra a gripe, disponibilizando as doses, na primeira fase, a grupos prioritários – idosos, profissionais de saúde e pessoas com comorbidade.

“Aqui no Estado, nós teremos a imunização de todos os brasileiros de São Paulo até março do próximo ano. A totalidade da vacina chega até fevereiro. O programa de imunização seguirá o mesmo roteiro das imunizações que temos da H1N1 e outras. Aí sim, depois da imunização, nós poderemos celebrar. Teremos sim, um novo normal. Muito em breve estaremos imunizados”.

Apesar das flexibilizações previstas no Plano SP, o governador afirmou que no Estado a quarentena seguirá até o início da imunização contra a doença. 

“Estamos no 13º período e vamos prosseguir com a quarentena até a vacina. Nós teremos que conviver com máscaras, álcool em gel, distanciamento até a imunização com a vacina”.

Volta às aulas

Questionado a respeito da segurança com a volta às aulas presenciais no Estado de São Paulo, a partir de outubro, apesar de ainda não haver uma vacina contra a doença, Doria afirmou que o retorno é fundamental para evitar uma síndrome psicológica entre os estudantes.

“A volta às aulas é necessária, com os devidos cuidados. Não podemos correr o risco de uma síndrome psicológica de milhões de crianças e jovens, que já estão há oito meses longe das escolas. Pessoas que dependem dessa socialização da escola, para ter algum sentido de vida. Dependem da educação, da formação, mas muitos também da alimentação da escola para sobreviver”. 

No Estado de São Paulo, o governo decidiu manter a previsão de volta às aulas presenciais para o dia 7 de outubro para toda a rede de ensino, da educação infantil ao ensino superior nas redes públicas e privadas, desde que os prefeitos liberem o retorno das atividades.

No entanto, especificamente para a rede estadual, o retorno nesta primeira fase ocorrerá apenas para alunos do ensino médio e de Educação de Jovens e Adultos (EJA). A volta dos estudantes do ensino fundamental da rede estadual só deve acontecer em 3 de novembro. As demais redes podem definir quais séries vão priorizar.

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