Santos tem dois novos secretários após ex-ouvidor pedir exoneração
Por Santa Portal em 07/11/2025 às 10:00
Santos precisou nomear dois novos secretários após o ex-ouvidor, Marcos Libório, pedir a exoneração. O advogado Elias Júnior, que era titular da Secretaria de Desenvolvimento Social (Seds) desde janeiro, passa a comandar a Ouvidoria e Controle (OC). Já a vereadora Renata Bravo (PSD) deixa a Câmara Municipal para assumir a Seds.
Os novos nomes já são conhecidos dos santistas. Renata Bravo foi vice-prefeita da Cidade entre 2020 e 2024, além de ter sido a primeira secretária da Mulher, Cidadania, Diversidade e Direitos Humanos (Semulher) da história da Cidade. Já Elias Júnior foi secretário de Assuntos Portuários e Emprego (Seporte) antes de comandar a Seds.
Para Elias Júnior, o novo cargo é a oportunidade de trazer a mesma eficiência que empregou na aproximação entre o Porto e a cidade, quando era titular da Seporte. “Assumo esta missão com entusiasmo e convicção de que escutar, planejar e entregar resultados são compromissos reais com a transparência, a técnica e a humanidade. Nosso olhar está voltado para a cidade e alinhado às diretrizes do governo, aprimorando processos e ampliando resultados. Esta secretaria será referência em credibilidade, inovação e entrega social”.
Já Renata Bravo, que sempre atuou na área social, enxerga a nomeação como continuação de uma grande trajetória. “Assumo esse novo desafio com o mesmo compromisso que sempre norteou minha atuação na gestão pública: defender a cidadania e a garantia de direitos. É um trabalho desafiador, mas acredito muito no diálogo, no alinhamento e atuação das equipes e em ações que fortaleçam políticas que transformem vidas, ampliem oportunidades e assegurem dignidade a quem mais precisa”.
Saída de ouvidor
Marcos Libório solicitou afastamento do cargo após cancelar um termo de fomento que destinaria R$ 350 mil ao Instituto Vida Plena, presidido por um funcionário da Prodesan, empresa vinculada à Prefeitura, que estava cedido à Ouvidoria e Controle (OC).
O termo de fomento havia sido originado de uma emenda parlamentar aprovada quando Libório ainda era vereador. No entanto, o projeto que envolvia o repasse foi questionado, especialmente após o envolvimento do presidente da instituição com a OC.
Libório negou que o presidente fosse seu assessor e afirmou que o repasse de recursos, que ainda não havia sido efetivado, foi cancelado assim que ele percebeu o vínculo entre os envolvidos. Em seu pronunciamento, o ex-ouvidor disse que não houve qualquer irregularidade ou dano financeiro no processo e que a decisão de cancelar o repasse foi tomada de forma voluntária.