Santista que vive nos Estados Unidos está curada de coronavírus, mas segue reclusa
Por Ted Sartori/#Santaportal em 06/04/2020 às 10:56
CORONAVÍRUS – A santista Débora Câmara, de 47 anos, vive há 13 em Los Angeles, Califórnia, nos Estados Unidos. Ela, que é babá, contraiu coronavírus e está curada, mas segue isolada em seu apartamento – o pai dela e a filha moram em Santa Mônica e o parceiro dela em Ojai, também na Califórnia.
“A quarentena continua. Mesmo eu não estando mais infectada, o Estado da Califórnia está fechado. Meu trabalho é com crianças e, por essa razão, foi colocada de lado para o trabalho até segunda ordem. O mais importante é tentar viver dia a dia e tomando todos os cuidados necessários”, afirma. “É até tolice pensar que porque ficou 14 dias em casa convalescendo da doença esá salvo. Mesmo que você esteja curado, você espalha o vírus e pode até pegar outra vez. Infelizmente o distanciamento social é necessário como também são todas as medidas de limpeza”, emenda.
Débora lembra bem de toda a sequência dos sintomas. “Primeiramente, comecei a sentir tonturas, confusão e falta de ar, além de uma forte dor na área dos pulmões, tanto em pé quanto andando. O terceiro dia com os sintomas foi o pior. Minha febre sempre foi mínima, mas a falta de ar foi horrível. Eu não conseguia falar. Perdia o ar, com tosse seca. Era um gosto de metal na boca e a boca seca o tempo todo. Energias zero. Os sintomas duraram 15 dias e nos últimos quatro desse período, já sem a fraqueza ou as dores, a falta de ar e a tosse persistiram um pouco mais. A preocupação maior foi com minha respiração”, detalha.
A reclusão também tem sido um problema para a babá, mas tudo foi superado pelos amigos, ainda que distantes. “Eu não aguento mais ver as paredes do apartamento onde estou. Difícil saber qual dia é. Os grupos sociais dos quais faço parte foram a minha salvação”, conta, ressaltando o cuidado com o coronavírus. “É um vírus sobre o qual ainda não sabemos muito. Não há estudos ainda e não deve ser tratado como um simples resfriado porque não é”, emenda.
