Recém-nascida tem pé queimado por medicamento em hospital no Guarujá
Por #Santaportal em 04/12/2020 às 13:22
GUARUJÁ – No dia 20 de novembro, Nicolly Aparecida, de apenas 3 dias de vida, sofreu uma queimadura no pé causada após um acesso intravenoso que escapou e ferir o membro da recém-nascida. O caso aconteceu no Hospital Guarujá, localizado em Vicente de Carvalho.
Após duas semanas Nicolly e família ainda sofrem com o ferimento. Ewellyn Veneziano, mãe da recém-nascida, deu entrada ao hospital no dia 17, para realizar o parto. Eu nem queria ganhar minha filha nesse hospital, gostaria de ir para Santos. Porém no dia eu comecei a ter contração de 3 em 3 minutos e diziam que era emergência, explica Ewellyn.
Mãe de primeira viagem, ela contou que não passou por nenhum problema durante o trabalho de parto e só ficou mais tempo no hospital pela pressão alta, mas a filha tinha recebido alta no dia 19. Um dia depois, a enfermeira comunicou que precisavam refazer alguns exames na bebê, onde foi constatada uma infecção, e Nicolly foi levada para a UTI Neo Natal a fim de ter o acesso intravenoso aplicado.
Na madrugada o acessou escapou e a medicação em contato com a pele causou queimaduras. Segundo Ewellyn, os profissionais não a informaram e ela só descobriu após pegar a filha para amamentar e ver uma bolha no pé. Eles me disseram que é um acidente corriqueiro e que já estavam fazendo o necessário, mas eu só os vi (os profissionais) colocando uma luva com água morna em cima, conta a mãe.
Ela ainda complementa que o curativo feito era bem simples e apenas três dias depois começaram a aplicar laser na ferida. Na última quinta-feira (3), Nicolly recebeu uma placa de proteção para não criar infecções no local. Atualmente ambas estão em casa com o auxílio de uma profissional contratada pelo hospital para aplicar o laser em domicílio.

Créditos: Arquivo pessoal
Ewellyn que tentou engravidar por 8 anos, diz que está com medo e angustiada. Não quis voltar para o hospital e já marcou pediatra e dermatologista para a filha. Eles dizem que fazem de tudo e que o caso está melhorando, mas ainda não posso colocar um sapatinho na minha filha, todo banho é preciso enrolar o pé com um plástico e ela chora muito. Quando ela crescer, não vai se lembrar, mas eu vou, é muito sofrido, desabafa a mãe.
Em nota o Hospital Guarujá explicou que a criança permaneceu internada até o fim do ciclo do medicamento, tendo recebido alta na última segunda-feira (30). Os curativos disponibilizados pelo Hospital são os mais atuais e eficientes disponíveis na prática médica para tratamento e fechamento das feridas. Não deixamos em momento algum tanto a mãe quanto a criança sem pronta assistência necessária, concluiu.