Prefeito de Santos discorda de critérios de repasses do Governo para combate à Covid-19

Por #Santaportal em 25/05/2020 às 10:27

CORONAVÍRUS – Paulo Alexandre Barbosa, prefeito de Santos, demonstrou discordância a respeito dos critérios adotados pelo Governo Federal para distribuição dos recursos de combate à Covid-19 entre os municípios. Na semana passada, o presidente Jair Bolsonaro se comprometeu a assinar a lei com alguns vetos, mas sem detalhá-los.

“Temos 5.570 municípios no Brasil e, em minha opinião pessoal, este repasse está sendo feito com critério equivocado, que é percapita, igualitariamente, pelo número de habitantes de cada cidade. Só que quase 40% dos municípios não tem um caso da Covid-19 e vão receber dinheiro da mesma forma que cidades com casos mais acelerados. Já que o recurso e´finito, temos que aplicá-lo com inteligência, onde a doença está mais presente”, sugere Barbosa, em entrevista ao Bom Dia Cidades, da Santa Cecília TV.

A Baixada Santista aguarda 137 respiradores, de acordo com o compromisso do Governo do Estado com a região e será fundamental para a redução de ocupação de leitos de UTI. Capital e Região Metropolitana também estão entre as prioridades para os equipamentos.

“Nos leitos de UTI, a gente tem 78% de ocupação. Esse número é da rede considerando pública e privada. Se a gente falar da rede pública, 73%, isso em leitos UTI. Os de clínica médica, que são os de enfermaria, estão em 30%, índice baixo e dentro de uma realidade que permite flexibilização”, explica o prefeito. “Chegando estes respiradores, poderemos transformar estes leitos de enfermaria nos de UTI e aí conseguiremos baixar para esse patamar de 60% de ocupação, que é o nosso objetivo”, emenda.

Paulo Alexandre Barbosa espera concluir nesta semana o plano de retomada econômica. O prefeito de Santos contou que dezenas de sugestões chegaram nos últimos dias, pois o processo foi aberto para consulta pública. “Nossas ações são independentes em relação ao Estado e à União. Aqui a decisão é do próprio santista e uma construção coletiva. Recebemos dezenas de sugestões e esperamos concluir o plano nesta semana. O dia (de flexibilizar) vai depender dos indicadores que a cidade vai alcançar. O momento é de isolamento. Mas ele não é eterno. Esperamos estar passando pelo pico da doença nos próximos dias e, com isso, iniciar plano de retomada”, explica.

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