Pais e alunos protestam contra falta de escola e sala de aula adequada em Bertioga

Por Marcela Ferreira em 24/05/2022 às 06:15

(Foto: Divulgação)
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Pais de alunos e estudantes da Escola Estadual Jardim Vicente de Carvalho, em Bertioga, protestaram durante o desfile de aniversário da cidade, cobrando as autoridades da Educação por um local adequado para os adolescentes do Ensino Médio estudarem. Isso porque, desde 2019, eles estão alocados em uma sala improvisada em outra unidade de ensino estadual.

A Escola Estadual Jardim Vicente de Carvalho foi interditada em 2019 pela Defesa Civil por ter apresentado problemas estruturais. Com a pandemia no ano seguinte, os alunos pararam de frequentar as aulas presenciais, e passaram a estudar remotamente. Ao retornar, precisaram ser remanejados para outras unidades estaduais de ensino.

A Secretaria de Educação do Estado de São Paulo informou, em nota ao Santa Portal, que uma licitação será aberta para a construção de uma nova escola no mesmo terreno da Escola Estadual Jardim Vicente de Carvalho (leia abaixo).

Pais e alunos protestam contra falta de escola e sala de aula adequada em Bertioga
Durante o desfile de aniversário da cidade, aconteceu o protesto. (Foto: Divulgação)

Vivian Camargo, que integra uma comissão de pais e responsáveis por alunos, esteve no protesto. Ela conta que os pais buscam uma reunião com o prefeito de Bertioga, Caio Matheus (PSDB), e até o momento, o pedido não foi atendido. 

Segundo Vivian, os alunos do período diurno foram remanejados, inicialmente, para a Faculdade de Bertioga, mas logo precisaram mudar. “Durante o dia, a faculdade ficava vazia, e os alunos foram para lá, e os alunos da noite foram para outra escola estadual, que não era usada à noite”, relata.

Logo, devido a alguns problemas com a faculdade, os alunos que estudam durante o dia precisaram, novamente, ser remanejados, desta vez para a Escola Estadual Professor Armando Bellegard. Enquanto isso, os alunos da noite estudam, até hoje, na Escola Estadual Maria Aparecida Pinto de Abreu Magno Professora. 

Vivian relata que os alunos do dia foram alocados em uma espécie de “puxadinho” dentro de uma quadra na E. E. Armando Bellegard. “Os alunos estão em sala reduzida, e para você manter mais ou menos 35 alunos numa sala, os móveis são diferentes, porque têm que ser menores, porque a sala tem dimensões menores do que uma sala convencional e estão dentro de uma quadra de uma escola estadual, então você imagina o incômodo que isso não deve causar.”

Pais e alunos protestam contra falta de escola e sala de aula adequada em Bertioga
Manifestação pacífica cobrou o Estado e Prefeitura sobre situação dos estudantes. (Foto: Divulgação)

A mãe de aluno busca respostas sobre o que será definido para estes estudantes do Ensino Médio. “O que acontece agora? Para vão esses jovens? A escola que eles estudavam não tem condição de manter. Então a gente precisa disso pra ontem, para que até o final do ano a escola esteja construída, para as crianças poderem começar a estudar em um lugar adequado a partir do próximo ano”, finalizou.

Prefeitura

Em nota, a Secretaria de Educação de Bertioga se limitou a dizer que as informações competem à Diretoria Regional de Ensino de Santos, que é responsável pelas escolas estaduais na região.

O que diz o Estado

Já a Secretaria de Educação do Estado de São Paulo (Seduc-SP) disse que a “Escola Estadual Jardim Vicente de Carvalho, interditada pela Defesa Civil por problemas estruturais, será demolida para a construção de um novo prédio escolar no mesmo terreno. A licitação para a contratação de projeto será publicada em breve.

Parte dos alunos remanejados foram instalados em oito salas construídas na Escola Estadual Professor Armando Bellegard, onde ficarão até a construção da nova unidade. As salas medem 49 m² e possuem aparelho de televisão, ventiladores e toda a estrutura adequada para as aulas. Os estudantes remanejados para a Escola Estadual Maria Aparecida ocupam, atualmente, as 12 salas que estavam vagas no período da noite.

A Diretoria de Ensino de Santos e a Seduc-SP se colocam à disposição da comunidade escolar para qualquer esclarecimento necessário.”

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