Motociclista que teve pescoço cortado por linha com cerol acreditava que ia morrer

Por Vanessa Ortiz em 17/02/2022 às 10:10

O motociclista Ricardo José da Silva, de 46 anos, que teve o pescoço cortado por uma linha de pipa com cerol, já teve alta e agora se recupera do acidente em casa. Ao Santa Portal, ele conta que, assim que percebeu o ferimento, chegou a pensar que não ia sobreviver para poder acompanhar o crescimento das três filhas. O homem ficou em coma na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) por quase uma semana.

O caso aconteceu no dia 16 de janeiro, no bairro Vila São Jorge, quando Silva estava a caminho do trabalho, por volta das 18h30. “Só tinha a linha, ninguém estava soltando pipa. Logo senti meu pescoço pegar fogo. Foi só o tempo de parar a moto e pedir socorro, um momento de terror”, explica. Os vizinhos que viram a cena acionaram o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e já ligaram para a irmã dele para avisar.

Enquanto esperava ser atendido, o motociclista pensou que fosse morrer. Pouco tempo após o acidente, a equipe de socorristas chegou ao local e já começou os procedimentos para atendê-lo. Segundo Silva, caso eles demorasse mais cinco minutos, ele de fato não teria sobrevivido. Além do pescoço, ele teve também ficou com dois dedos feridos, sendo que um teve o tendão rompido.

Foto: Arquivo pessoal/Ricardo José da Silva

Ele foi encaminhado para a UPA da Zona Noroeste, e em seguida, para a Santa Casa de Santos. “Depois disso, acordei só seis dias depois. Não reconhecia ninguém por causa da medicação forte”, afirma. Silva passou por uma cirurgia e necessitou de transfusão de sague. A família dele chegou a fazer uma campanha nas redes sociais pedindo doações, devido a gravidade do caso. Pouco mais de 10 dias após o acidente, o motociclista recebeu alta e hoje faz acompanhamento médico.

O homem conta que mesmo não ficando traumatizado, ele não pretende mais andar de moto. Segundo o motociclista, mesmo com medo, ele não perdeu a fé, e percebeu que ganhou uma segunda chance de viver. “Sempre que posso, vejo as fotos de como ficou e enxergo a oportunidade que Deus me deu. Pensava que a minha trajetória aqui na terra ia acabar, mas Deus me permitiu ficar aqui. O sentimento é de vitória”, finaliza.

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