Morando na Espanha, estudante santista conta rotina de reclusão

Por #Santaportal em 04/04/2020 às 14:54

CORONAVÍRUS – A estudante santista Karime Beatriz Guijt Lona, de 24 anos, vive em Castellon de La Plana, na Espanha, desde 2004. O país registra 13.915 óbitos, só perdendo para a Itália, e está há três semanas com a população confinada em casa.

Mais de 2 mil já foram detidos por violar as normas. A Polícia Militar tem controle sobre as pessoas e veículos, bem como com relação aos alimentos básicos. Saídas só para compras. Passear com o cachorro, por exemplo, a 100 metros de casa.

“No começo, as medidas eram consideradas exageradas. Chegavam a nos tranquilizar, dizendo que tudo estava bem, talvez pela economia ou pela reação das pessoas, falando da liberdade delas. Mas quando a quantidade começou a aumentar demais o pessoal não estava tendo material para cuidar de todos”, conta.

Com isso, a análise das pessoas sobre as medidas restritivas mudou completamente e todas ficaram a favor. “Em Madri, não estão conseguindo guardar todos os cadáveres. Tanto que tiveram de conseguir lugares bem grandes para isso e tudo está cheio. Estão chamando alunos do último ano de Medicina e de Enfermagem porque o próprio pessoal dessa área está se infectando e não está conseguindo trabalhar”, detalha Karime.

A estudante – e nem ninguém – tem ideia até quando toda essa situação vai durar. “O curso letivo – ela cursa História – seria até junho, mas as universidades já falaram que está previsto que não vamos voltar às aulas”, disse. “Só se consegue diminuir isso ficandoe m casa. É difícil, mas se não fosse feito isso seria muito pior. Nem quero imaginar como seria se não fizéssemos nada. Por isso, peço aos santistas e a todos os brasileiros que fiquem em casa”, emenda.

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