Mais de 260 testes são realizados durante campanha de busca ativa de tuberculose em Santos

Por Santa Portal em 01/05/2024 às 08:00

Marcelo Martins/Divulgação Prefeitura de Santos
Marcelo Martins/Divulgação Prefeitura de Santos

Na última semana, o Centro de Controle de Doenças Infecciosas (CCDI) de Santos realizou uma campanha de intensificação de busca ativa da tuberculose em todas as policlínicas da Cidade, no Ambesp Nelson Teixeira e no Serviço de Atendimento Adulto. Foram realizados 269 testes nos munícipes que se apresentaram com tosse por três semanas ou mais, seja ela seca ou não.

Destes testes, 11 deram positivo e foram encaminhados para o início do tratamento gratuito realizado com ingestão de medicação assistida nas policlínicas. As unidades de saúde realizaram uma busca ativa entre os familiares e pessoas próximas destes munícipes para garantir que a doença não tenha se espalhado, por ser altamente transmissível.

O teste de tuberculose está disponível na rede de saúde de Santos durante o ano inteiro para qualquer munícipe que apresentar os sintomas. Vale lembrar que febre, suor noturno, emagrecimento e falta de apetite são outros sintomas que podem aparecer, porém não ocorrem em todos os casos.

A Secretaria de Saúde de Santos realiza, durante o ano inteiro, o monitoramento e tratamento da doença no Município. Em 2024, Santos contabilizou 127 novos casos de tuberculose. No ano passado, foram registrados 490 casos.

A tuberculose pulmonar é a mais comum e altamente transmissível pelas gotículas expelidas na tosse, fala ou espirro da pessoa infectada. As gotículas que geram a contaminação contêm os bacilos causadores da doença – sendo o Mycobacterium tuberculosis o mais comum – e podem permanecer suspensos no ar por várias horas, o que facilita a transmissão.

Os medicamentos são disponibilizados gratuitamente pelo Governo do Estado. O tratamento tem duração de, pelo menos, seis meses, com ingestão assistida da medicação necessária na policlínica. O procedimento deve ser feito até o fim, para evitar o ressurgimento da doença com uma resistência maior ao medicamento utilizado. Se isso acontecer, é necessário realizar uma nova terapia. Em casos graves de resistência à medicação, o paciente deve ser internado.

Segundo o Ministério da Saúde, uma pessoa contaminada pode infectar de dez a 15 pessoas em média, em uma comunidade, durante um ano. O risco de transmissão ocorre enquanto o paciente elimina bacilos no escarro. Com o início do tratamento, a disseminação tende a diminuir gradativamente. Os imunossuprimidos são mais vulneráveis à infecção da tuberculose.

É importante manter os ambientes arejados, pois o bacilo é sensível à luz solar e a circulação do ar dispersa as partículas infectantes. Pessoas com suspeita de contaminação ou caso confirmado da doença devem usar máscaras até que o exame indique que o paciente não possui risco de transmissão.

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