Hora do Mamaço, na Baixada Santista, será virtual
Por #Santaportal em 04/08/2020 às 10:36
HORA DO MAMAÇO – A Semana Mundial de Aleitamento Materno, campanha global que este ano chega a 29ª edição, terá mudanças na sua programação, na Baixada Santista, em virtude do cenário imposto devido ao combate do novo coronavírus (Covid-19). Em Santos, Guarujá e São Vicente, a programação acontecerá de forma virtual.
O Bom Dia Cidades desta terça-feira (4), conversou com a enfermeira Sandra Abreu, uma das organizadoras do evento, que destacou a importância do aleitamento materno e da rede de apoio, que deve ser criada em torno da mãe após o nascimento do bebê.
Segundo, a enfermeira, os encontros desta edição serão virtuais e acontecerão nos dias 8, em Santos, pelo Zoom (plataforma de reunião online), no dia 15 em Guarujá, e no sábado seguinte, 22 de agosto, em São Vicente (pelo Instagram).
Neste ano, a Semana Mundial de Aleitamento Materno tem como tema o impacto da alimentação nas mudanças climáticas e na necessidade urgente de apoiar a mulher que amamenta, proporcionando melhores condições de saúde para todos os seres vivos.
Os objetivos da mobilização são formados por quatro pilares: informar as pessoas sobre os vínculos entre a amamentação e meio ambiente/mudanças climáticas; ancorar a amamentação como uma decisão climática inteligente; gerar maior empenho de indivíduos e organizações em prol de maior impacto; e galvanizar ações para melhorar a saúde do planeta e das pessoas através da amamentação.
Importância da amamentação
Segundo Sandra Abreu, apesar da romantização em torno do tema, o aleitamento no início pode não ser prazeroso e, em função da falta de informações de profissionais capacitados, além da ausência da rede de apoio em torno da mãe, muitas mulheres podem acabar desistindo de amamentar seus filhos.
O leite materno tem tudo o que o bebê precisa. Ele protege contra alergias, doenças respiratórias, intestinais. Tem estudos que falam que ele reduz em 13% o índice de mortalidade infantil. (…) Mas, o ato de amamentar não é simples. O bebê nasce e não pega a mama imediatamente. Ele e a mãe precisam aprender. Por isso é necessária a rede de apoio, completa.
Sandra Abreu ainda destaca que a dor ao amamentar pode ser um indício de que algo está errado. O bebê dentro da barriga não tinha peito. Ele sabe sugar, mas ordenhar a mama é diferente. Por isso, a mãe precisa do apoio de profissionais capacitados (…). A mama pode estar sensível, mas quando há uma dor insuportável é porque algo está errado. Se machucou é porque a pega não está correta. E não tem que esperar calejar. Dá para consertar, destaca.
Mulheres não devem sentir culpa
Sandra finalizou a entrevista afirmando que a maioria das mulheres é capaz de amamentar. O que as impede, no entanto, são a falta de apoio e informação, principalmente ainda na gestação.
Claro que há casos de problemas físicos que a impedem de amamentar, ou casos hormonais. Mas a maioria que não consegue amamentar é por falta de apoio e informação. Porque acha que quando o bebê ao nascer não encontrará dificuldades.
Já aquelas que optarem por não seguir com o aleitamento materno, a enfermeira também ressalta seu apoio.
A amamentação deve ser uma escolha. Quando a mulher não pode ou ela decide não amamentar, ela não conseguiu porque tem algum problema de saúde, ou teve algum problema que a prejudicou, ela não tem que se sentir culpada. A grande maioria faz de tudo. Dá o seu máximo para conseguir amamentar e, se ela não conseguiu, não deve se sentir culpada.