Polícia identifica e pede prisão de irmão de suspeito de matar soldado da Rota em Guarujá

Por Santa Portal e Folhapress em 01/08/2023 às 21:00

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O secretário de Segurança Pública do Estado de São Paulo, Guilherme Derrite, revelou que a polícia identificou o quarto suspeito que estava na comunidade de Guarujá onde o policial da Rota foi morto, na semana passada, em Guarujá. A autoridade policial representou pelo pedido de prisão temporária por 30 dias do suspeito, identificado como ‘Kauan’, junto ao Poder Judiciário.

“Nós tínhamos três presos até o momento, falta o quarto, o Kauan. O irmão dele, o Erickson (apontado como o atirador) é um e outros dois são mantidos presos em lugares distintos. O delegado responsável pelo caso foi ouvi-los. A mulher disse que o Kauan estava no local com eles. O outro suspeito relatou a mesma coisa, que ele estava no local e envolvido (no dia do crime). Ele tinha a função de ficar com um rádio comunicador e por vezes armado, informando o número de viaturas policiais que passavam e se havia operação para que os criminosos fugissem”, afirmou Derrite, durante entrevista coletiva no Palácio da Polícia, em Santos.

Ataque em Santos

O secretário também comentou o ataque sofrido por dois policiais na manhã desta terça-feira (1º), em Santos.

“Indivíduos covardes aproveitaram um momento em que a viatura estava estacionada. Tiveram reação dessa agressão injusta, pois um dos policiais conseguiu repelir. A policial foi baleada durante esse ataque e o parceiro dela percebeu que eles poderiam voltar. Ele se afastou e se colocou em uma situação estratégica, coberto de um possível disparo, conseguindo surpreender esses criminosos quando eles voltaram. Esse policial não só salvou a sua vida como a da sua parceira”, comentou.

Derrite contou que, além de um suspeito morto horas após o ataque em um morro da cidade, outro foi hospitalizado, além de um criminoso que foi preso em uma comunidade de Santos. “Após toda essa situação as policiais receberam denúncias de um indivíduo descendo o morro, nervoso. Eles abordaram o ônibus e apreenderam o indivíduo. Ele estava com uma mochila e, dentro dela, tinha drogas, arma de fogo e vestimentas. Essa roupa, confrontando com as vestimentas dos criminosos que aparecerem nas câmeras das ruas, era exatamente a mesma roupa”, concluiu.

As autoridades acreditam ainda na participação de um quarto elemento durante o ataque contra os policiais. Esse suspeito, porém, ainda não foi localizado.


Foto: Danilo Verpa/Folhapress

Litoral tem escalada na violência

Na última quinta (27), o policial da Rota (Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar) Patrick Bastos Reis morreu e outro ficou ferido após serem atacados na comunidade Vila Zilda, em Guarujá.

A polícia desencadeou a operação Escudo para encontrar os responsáveis pelo ataque, de acordo com o secretário de Segurança Pública, Guilherme Derrite. O suspeito de ter atirado foi preso em São Paulo.

Segundo o delegado Antônio Sucupira, titular da delegacia de Guarujá, no litoral paulista, duas mortes ocorreram nesta segunda-feira (31) durante operações policiais no município. A SSP confirmou mais três mortes nesta manhã, sem especificar onde ocorreram. Com isso, o número confirmado pela polícia de vítimas ao longo da Operação Escudo é de 13 pessoas.

No entanto, a Ouvidoria das Polícias de São Paulo apura denúncias de que haveria ao menos nove mortes por intervenção policial entre o domingo (30) e esta segunda-feira (31).

Na manhã desta segunda, o Governo de SP havia confirmado oito mortes. Em um pronunciamento, o governador Tarcísio de Freitas defendeu a ação dos policiais e disse que não houve excessos por partes dos agentes.


Foto: Reprodução

Operação Escudo

De acordo com a SSP, a Operação Escudo para repressão ao tráfico de drogas e ao crime organizado segue em curso na Baixada Santista. 32 suspeitos já foram presos e 20,3 kg de drogas e 11 armas apreendidas. Quatorze suspeitos morreram ao entrarem em confronto com as forças de segurança desde o início da operação.

Por determinação da SSP, todos os casos são investigados pela Divisão Especializada de Investigações Criminais (DEIC) de Santos e pela Polícia Militar por meio de Inquérito Policial Militar (IPM). As imagens das câmeras corporais serão anexadas aos inquéritos em curso e estão disponíveis para consulta irrestrita pelo Ministério Público, Poder Judiciário e a Corregedoria da PM.

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