Fim de ano dobra o risco de mortes no trânsito na Baixada Santista
Por Beatriz Pires em 29/12/2025 às 06:00
Com 32 mortes registradas em dezembro de 2024, o fim de ano concentra um dos períodos mais perigosos no trânsito da Baixada Santista. O número é o segundo maior do ano e representa um aumento de 100% em relação a abril, quando foram contabilizados 16 óbitos, o menor índice mensal. Os dados são do Detran-SP e reforçam um padrão já observado na região.
Além do número de vítimas fatais, dezembro também liderou em ocorrências. Ao todo, a Baixada Santista registrou 569 sinistros, tornando o mês o mais crítico de 2024. A maioria dos acidentes foi causada por colisões, responsáveis por 64,9% dos casos.
Apesar de 93,8% não terem sido fatais, o volume elevado de registros evidencia o impacto do aumento da circulação de veículos, especialmente nos períodos da manhã e da tarde. O perfil das vítimas segue concentrado entre homens motociclistas, grupo mais vulnerável no trânsito regional.
O cenário de risco tende a se intensificar com a chegada do Ano Novo. De acordo com a Ecovias Imigrantes, a expectativa é de que entre 329 mil e 506 mil veículos sigam em direção ao litoral pelas rodovias do Sistema Anchieta-Imigrantes (SAI) entre os dias 30 de dezembro de 2025 e 5 de janeiro de 2026. O alto fluxo de veículos aumenta a exposição a acidentes, principalmente em um período marcado por viagens, pressa e longos deslocamentos.
Os dados de 2025 reforçam o alerta. Entre janeiro e novembro, foram registrados 251 óbitos por acidentes de trânsito na Baixada Santista, número 0,8% maior do que o registrado no mesmo período de 2024. Mais uma vez, os motociclistas aparecem como as principais vítimas, somando 106 mortes.
A comparação mensal também evidencia a relação entre fluxo e risco. Janeiro de 2025 registrou 537 acidentes, sendo o mês mais prejudicial aos veículos, enquanto julho apresentou o menor número de ocorrências, com 353 registros. Mesmo assim, ambos tiveram acidentes fatais.