Família não se conforma com morte de filha em hospital de Praia Grande

Por Ted Sartori/#Santaportal em 31/01/2020 às 13:36

PRAIA GRANDE – O carpinteiro José Maciel Gomes das Neves, de 37 anos, não se conforma com a morte da filha Thaynara Beatriz, de 15 anos. Ela foi enterrada ontem e morreu por volta de 0h30 de quarta-feira (29), depois de idas e vindas ao Hospital Irmã Dulce, em Praia Grande, com diagnósticos aparentemente diversos, segundo a família.

“Assim que sair o laudo, vou procurar um advogado e processar o hospital. É muita dor”, aifrma. Um documento final deve sair daqui a, no máximo, 20 dias. A família registrou boletim de ocorrência na Delegacia Sede de Praia Grande. “Queremos justiça. Isso não se faz com um ser humano”, emenda o irmão Diego, de 19 anos.

Diego conta que falavam se tratar de sintomas de dengue, pois havia febre, dores no corpo e vômitos. “Ela tomou muitos medicamentos, mas não ficava boa e a mandavam sempre de volta para casa”, lembra. “Foram umas três vezes”, completa o pai.

José, então, retornou com a esposa ao hospital levando a filha e pedindo que ela fosse internada, além de solicitar exames mais detalhados. Alguns foram realizados, como ligado à gravidez, mas José queria uma ressonância. E que foi feita, segundo ele, depois de muita insistência, assim como ocorreu com o processo de internação.

“Falavam que era dengue, mas ela tinha o coração e fígado grandes, além de bastante água no pulmão”, conta o pai. “Falavam que era Doença de Chagas e suspeita de dengue. Davam remédios sem saber direito o que ela tinha”, emenda o irmão de Thaynara.

Horas antes da morte, por volta das 21 horas de terça-feira (28), Diego contou que a irmã se queixava de dores. A mãe, então, pediu medicação para que ela pudesse descansar. Segundo Diego, a enfermeira aplicou três remédios muito fortes.

“Até minha mãe perguntou porque três se ela só havia pedido um. E a médica respondeu que era para tratar Chagas”, conta. “Por volta de meia-noite, houve a primeira parada cardíaca e, meia hora depois, a segunda. Pouco tempo antes, ela conversava normalmente com todos”, emenda.

O Santaportal entrou em contato com o Hospital Irmã Dulce, que se pronunciou por intermédio de uma nota. Eis a íntegra:

“A direção do Hospital Municipal Irmã Dulce esclarece que a paciente T.B. passou por atendimento na unidade desde o último dia 17, sendo avaliada, atendida e medicada para o quadro de saúde apresentado, sendo posteriormente internada para avaliação diagnóstica aprofundada por não responder ao tratamento ofertado.

Porém, apesar de receber toda a assistência necessária ao seu caso, a mesma apresentou piora súbita em seu quadro de saúde, com complicações, falecendo na última quarta-feira, 29/01. O caso foi encaminhado ao SVO.

O hospital se solidariza com os familiares, que foram orientados em todas as etapas assistenciais,  e permanece à disposição para esclarecimentos e orientações”.

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