Evolução da Covid-19 na Baixada faz com que Estado estime inicialmente 200 leitos para a região
Por #Santaportal em 12/05/2020 às 09:45
CORONAVÍRUS – João Doria, governador de São Paulo, deve falar hoje, a partir de 12h30, sobre como o estado irá proceder em relação ao decreto do presidente Jair Bolsonaro que inclui salões de beleza, barbearias e academias na lista de atividades essenciais.
A informação foi dada por Marco Vinholi, secretário de Desenvolvimento Regional do Estado, em entrevista concedida hoje ao Bom Dia Cidades, da Santa Cecília TV. “Não temos a resposta ainda. Nosso pessoal está reunido, tratando sobre os impactos que isso pode trazer e o que pode acontecer”, afirma.
Vinholi também falou sobre a preocupação com relação ao avanço da Covid-19 na Baixada Santista, durante a reunião do Conselho Municipalista, realizada ontem e que durou quase 6 horas. “Temos um diálogo extenso com a região. É a segunda com mais casos no estado. Existe uma preocupação com o grande fluxo de turistas e pela população de grupo de risco, ou seja, maior de 60 anos: mais de 22% em Santos contra a média do Estado, que é de 15%”, afirma.
O secretário de Desenvolvimento Regional do Estado também estimou a quantidade inicial de leitos para a Baixada Santista, com alta ocupação em UTis e enfermarias, em razão do novo coronavírus e, assim, evite um colapso no sistema de saúde.
“Entendemos que, pela forte aceleração neste mês, está programado pelo Estado e podemos estimar, de início, um número em torno de 200 leitos. Seria um bom número, compatível com a necessidade da Baixada Santista. Seguimos acompanhando a evolução dos casos. É muito difícil prever até onde vai esse ápice na Baixada Santista. A evolução aguda nos últimos dias nos deixa em total alerta”, detalha Marco Vinholi. “Toda essa ajuda, envolvendo leitos de alta complexidade, são sempre para já”, emenda.
Vinholi explicou que, para a retomada gradual de atividades, é necessário que menos de 60% dos leitos de UTI estejam ocupados e haja 14 dias de decréscimo na contagem do coronavírus, a partir do Dia D. “Na Nova Zelândia, houve 18 dias de declínio até retomar gradualmente as atividades, a partir do Dia D”, exemplifica. “A retomada tem que ser gradual mesmo. E é das atividades. E isso não é retomada de vida social das pessoas. Para isso, é necessário um período mais longo, evitando aglomerações, uso de máscara e adoção de padrões de higiene neste mundo pós-pandemia. Ainda mais que há uma previsão de uma segunda onda da doença no segundo semestre”, adverte.