Empreendedores santistas lançam marca de roupas social e sustentável

Por Isabel Franson/ #Santaportal em 16/01/2021 às 20:40

A paixão pelo coletivo é um forte laço no relacionamento entre o casal de empreendedores Fernanda Matos e Jonathan Valério, ambos com 33 anos.

Envolvidos em trabalhos sociais há 15 anos, os santistas resolveram ampliar o alcance de seu envolvimento, atraindo ainda mais gente para o universo do terceiro setor.

Enquanto comércios fechavam por dificuldades de adaptação à pandemia, Fernanda e Jonathan estudavam possibilidades de reestruturar suas próprias vidas e de tantos outros diretamente beneficiados pela ação.

No último domingo (10), foi inaugurada a Motirõ, marca de moda social e sustentável, produzida com algodão nacional, com a participação de fornecedores da própria Baixada Santista e, principalmente, com parte das vendas revertidas a organizações não-governamentais da região.

“Como sempre atuamos nesse meio, buscamos um projeto que fosse inovador, mas mantivesse nossos valores. Sabemos na pele a dificuldade que uma ONG tem para se sustentar… Fomos voluntários em muitas! Quisemos, ainda, privilegiar um nome em cada nicho de atuação: crianças, idosos, saúde, animais e arte”.

Conversão de recursos

Cada uma das instituições (SOS Sorriso, Arte no Dique, Patinhas que Brilham, Skate Terapia e Lar de Amparo Vovó Walquíria) tem peças com seu próprio design. Comprando produtos daquela linha, o consumidor destina o valor para a própria entidade, que reverte em ações aos beneficiados.

As demais estampas – com referências típicas a Santos e região – também são assinadas por artistas e terão parte do valor arrecadado para uma ação realizada pela própria Motirõ, no fim do ano. “Tudo depende da pandemia, mas estamos pensando numa festa a crianças de comunidades, algo do tipo”, explica Nanda.

Compra consciente

As peças, de algodão 100% brasileiro, estão atreladas aos valores de sustentabilidade disseminados pelo casal Fernanda e Jonathan. “Eu, particularmente, sou muito adepta ao minimalismo. O que significa que você pode fazer mais, com menos. É agregar valor às coisas que você tem. Não só pagar barato, pagar caro. É comprar algo com significado, que representa algo pra você, conta uma história. Nesse caso, ainda mais: não transforma a vida só de quem contribui, mas principalmente de quem recebe”.

Corrente do bem

Para a jovem, atriz e professora, além de voluntária, é fundamental lembrar que ‘fazer o bem’ não se resume a doação financeira. “Ajudar alguém a atravessar a rua, dar um sorriso, dar um bom dia… Tudo isso transforma. Para você que fez e para o outro, que recebeu”.

 Loja virtual

A Motirõ, inaugurada na última semana, nasceu e viverá ao menos por enquanto como loja virtual. Mas o sonho é ampliar o projeto e, consequentemente, os impactos sociais por ela causados. “Em função do momento que ainda vivemos, acreditamos que abrir online foi o melhor caminho. Até porque, agora as pessoas aprenderam, aderiram (ao mercado virtual) e isso deve ser, cada vez mais, uma tendência”.

Trabalhando do P ao EGG, a marca transmite a ideia de acesso a todos, desconstruindo os antigos conceitos de padrão de beleza. “São roupas para todos os corpos, não tem essa de só pequenos ou só plus size. Queremos ainda mais: ampliar o leque para o chamado all sizes (todos os tamanhos, em inglês) e poder dizer que atendemos mesmo universalmente”.

Um ovo

Uma das linhas mais santista da gema é a do artista Erico Bomfim, autor de painéis e grafites pela Cidade como o famoso ‘Santos é um ovo’. Na Motirõ, os ovos e as tradicionais muretas santistas ganharam destaque e peças exclusivas.

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