Defesa do Maníaco da Peruca entra com recurso para que caso não vá a júri popular
Por #Santaportal em 18/08/2020 às 17:36
SANTOS – A defesa do dentista Flávio do Nascimento Graça, de 39 anos, conhecido como o Maníaco da Peruca, pediu a revisão do encaminhamento do processo dele para júri popular. O Ministério Público, solicitou que a Justiça mantenha a decisão de mantar o julgamento para júri popular. Flávio é acusado de matar três pessoas ligadas a uma clínica odontológica em Santos.
Agora, os encaminhamentos feitos pelos advogados de Flávio e pelo Ministério Público serão avaliados pelo Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP), que vai decidir se o réu irá ou não a júri popular.
O primeiro ataque aos donos da clínica aconteceu em 23 de dezembro de 2014, na unidade do Gonzaga. Um dos proprietários Agilson Correa de Carvalho, de 54 anos, foi atingido por dois tiros, e morreu três dias depois. Já em 15 de julho de 2015, Aldacy Corrê de Carvalho, de 55 anos, morreu após ser atingida com um tiro nas costas, quando saia de uma agência bancária na Rua João Pessoa, no Centro.
No mesmo dia, Arnaldo Correa de Carvalho foi atingido no rosto, e um sobrinho foi baleado por tiros de raspão na Rua João Pessoa. Arnaldo morreu após ficar quatro dias internado. No dia 23 de setembro de 2015, uma funcionária da empresa foi baleada com cinco tiros pelo mesmo homem. Ela deixava a bicicleta na Rua Marcílio Dias, no Gonzaga, próximo à clínica. Ela resistiu aos ferimentos.
A Secretaria da Segurança Pública chegou a oferecer recompensa de R$ 50 mil por informação que levasse à sua captura. O motivo do crime foi vingança, pois o acusado não aceitava a concorrência de outro consultório odontológico na mesma rua. Segundo a investigação, a concorrência o levou à falência.
A defesa do Maníaco da Peruca chegou até a apresentar um exame feito por peritos judiciais, no qual apontavam que o dentista apresentava um quadro de esquizofrenia.
No entanto, em fevereiro, um documento apresentado pelo Ministério Público indicou que o réu não tem nenhum transtorno mental, inclusive esquizofrenia. Além disso, o especialista afirma no documento que o acusado é inteiramente capaz de entender as suas ações.
Esse laudo contraria o documento assinado por dois peritos judiciais, contratados pela defesa de Flávio, e que foi apresentado em dezembro do ano passado.

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