Corpos de três 3 da mesma família são retirados no São Bento, em Santos; já são 39 mortos na Baixada
Por Estadão Conteúdo em 07/03/2020 às 10:00
TRAGÉDIA – A Defesa Civil do Estado informa que as chuvas extremas que incidiram sobre a região da Baixada Santista na madrugada de terça-feira (3) provocaram, até o momento, 39 óbitos e 45 não localizados, nos seguintes municípios: Guarujá (27 mortos e 41 não localizados), Santos (8 mortos e 1 não localizado) e São Vicente (3 mortos). O número atual de desabrigados é de 253 em Guarujá e 185 em Santos. Em São Vicente, as buscas já foram encerradas tanto no Itararé quanto no Parque Prainha, onde nesta madrugada foi encontrado o corpo do último desaparecido.
O últimos corpos a serem resgatados em Santos são de três pessoas da mesma família (pai, mãe e uma criança de 4 anos), agora há pouco. As buscas foram encerradas no São Bento e as equipes foram enviadas para Guarujá, onde continuarão a atuar no resgate às vítimas.
Cinco dias após a Baixada Santista ser atingida por chuvas extremas, o número de mortos localizados sob as áreas que deslizaram chegou a 35. Ainda há 45 pessoas desaparecidas, de acordo com informe da manhã deste sábado, 7, da Defesa Civil do Estado.
Nos últimos dias choveu pouco na região e a previsão é que este sábado continue com sol entre nuvens, com possibilidade de chuviscos isolados apenas no período da noite, sem o risco de temporais. No domingo, o tempo muda e há possibilidade de ocorrências de pancadas com intensidade fraca a moderada, à tarde e à noite, em toda a região. O estado de atenção permanece quanto a novos deslizamentos porque o solo continua úmido na região.
Apenas no verão deste ano, o total de mortes por chuvas no Sudeste – São Paulo, Rio, Minas e Espírito Santo – já chegou a pelo menos 146 – 78% a mais do que no verão passado, quando houve 82 vítimas. Dados da Defesa Civil compilados pelo Estado também apontam que a região já conta com mais de 87 mil pessoas desabrigadas ou desalojadas.
Chuvas extremas como as observadas na região devem ser cada vez mais comuns em todo o mundo em decorrência das mudanças climáticas. Cientistas chamam essa condição de “o novo normal”. Entenda o que isso significa.
