Clube XV é arrematado em leilão por mais de R$ 11 milhões

Por #Santaportal em 16/07/2020 às 09:16

SANTOS – Com 151 anos de história, o Clube XV foi arrematado nesta terça-feira em leilão pelo lance mínimo de R$ 11.244.811,37, em segunda Praça (ou seja, com 50% de desconto do valor inicial). O único lance pelo imóvel de 3.894 m², distribuído no quarto e no quinto andar (este último abriga a piscina e o salão de festas) do edifício, foi do Condomínio Clube XV Hotel Flats e Centro de Negócios, que administra o complexo de lojas e imóveis e com quem a agremiação teria dívidas condominiais, contestadas pelo próprio Clube XV, que promete seguir lutando para reverter a situação. O crédito para a compra, inclusive, viria dessas dívidas.

“Em maio deste ano, fizemos uma ação declaratória para impugnar vários rateios indevidos nas taxas condominiais desde junho de 2010. Como é recente, ainda não há nenhuma sentenção. Então, a ideia é reduzir consideravelmente o saldo devedor. Mas, diante da realidade da arrematação, a ideia é impugnar essa arrematação e esperar que o Judiciário possa reverter essa situação, anulando o resultado do leilão e, em breve, a esperança é reduzir o saldo devedor do Clube XV”, afirma Bruno Karaoglan, um dos advogados da agremiação. Há também em torno de R$ 3 milhões de dívidas de IPTU junto à Prefeitura e em torno de R$ 2 milhões de INSS da União Federal. Outro advogado está estudando esta parte para avaliar isso.

Segundo o presidente Gilberto Ruas, os problemas são fruto de um contrato com texto que pode ser interpretado de diversas formas e que deu origem à ação do condomínio contra o clube. Na interpretação do atual presidente, até por ser o proprietário do terreno original, o clube deveria ser isento do pagamento do condomínio.

“Temos recursos (na Justiça). Há dez dias fizemos uma reunião para um acordo amigável, ou seja, 50% e 50%: o quarto andar para o clube e o quinto, onde estão a piscina e o salão de festas, para o condomínio. Juntos seríamos mais fortes, com o clube assinando as escrituras, tudo regular e o valor de mercado das unidades teriam valorização de aproximadamente 40%. Para nossa surpresa, fizeram uma assembleia para aprovar a arrematação e nem falaram do acordo”, afirma o presidente do Clube XV. “Seria uma parceria entre condôminos e sócios do XV, que são poucos, aproximadamente 100. Os condôminos poderiam usar o clube e a piscina, sendo área comum do prédio, também poderiam ser usados pelos sócios. O quinto seria mantido pelo condomínio e o quarto, pelo Clube XV.  E o mais importante: zerar todas as demandas judiciais, de parte a parte”, ressalta.

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