Casa das bananadas, em São Vicente, completa 100 anos de existência
Por #Santaportal em 24/04/2021 às 14:09
SÃO VICENTE – Uma das docerias mais tradicionais da Baixada Santista completa um século de existência neste sábado (24): a Casa Das Bananadas, em São Vicente. O local faz aniversário em meio a muitas histórias e iguarias que só podem ser encontradas ali.
O chamariz sempre foi a vitrine repleta de doces feitos com banana, dos mais variados tipos, e que não têm nada de gourmet. Tradicionais e deliciosos, eles carregam a história da família de Osnilda Blume, atual dona da loja.
As receitas são antigas, de família, e feitas por mãos talentosas com muito carinho. A localização da Casa é mais um atrativo, já que ela tem vista privilegiada para a Ponte Pênsil.
Osnilda conta que a história começou com sua avó. As pessoas que visitavam a ponte paravam para comprar os doces na Casa das Bananadas. “Como ela já tinha morado em fazenda, ela começou a fazer a bananada. E paravam para comprar e provar a bananada, e assim começou. Depois de muito tempo, minha mãe casou com meu pai e veio de São Paulo para cá, morar aqui nessa casa, e naquele tempo minha mãe começou a fazer os docinhos. E assim foi, deu continuidade”.
(Foto: Santa Cecília TV)
Ainda criança, Osnilda também começou a ajudar a preparar os doces para vender. “Foi com muito sacrifício mesmo, sabe? Não foi fácil. Mas deu para prosseguir. E nesse prosseguir, lá se vão 100 anos de existência”, conta.
Hoje com 77 anos, dona Osnilda diz que dedicou toda sua vida ao negócio da família, afinal, ela nasceu na mesma casa que hoje é ponto turístico. O número de clientes já atendidos é impossível de contar, assim como as histórias emocionantes.
Entre as lembranças, ela conta sobre um rapaz que chegou a chorar ao entrar na loja. “Ele foi embora do Brasil muito pequeno. E quando voltou agora, depois de muitos anos, ele tinha a lembrança dessa casa. Então, ele veio pela lembrança, veio caminhando até chegar aqui, e quando ele entrou, ele começou a chorar. Eu também não sabia o que era também comecei a chorar, depois que ele me contou que veio assim, na lembrança dele mesmo, ele conseguiu chegar nessa casa”.
Agora que a casa chegou aos 100 anos, Osnilda diz que o futuro ainda é incerto, mas que pretende continuar trabalhando. Falei que não ia pensar até completar os 100 anos. Daqui para frente eu vou ver. Se eu aguentar, vou indo até onde Deus quiser, finaliza.