Aumento de internações em UTI preocupa Secretaria de Saúde de Santos

Por Lucas Rodrigues em 03/12/2020 às 12:23

SANTOS – O secretário de Saúde de Santos, Fábio Ferraz, disse que o aumento das internações em Unidades de Terapia Intensiva (UTI) da cidade em decorrência da Covid-19 preocupa a pasta. Em entrevista ao Bom Dia Cidades na manhã desta quinta-feira (3), o secretário disse que tem observado com cautela o crescimento no número de confirmações e óbitos pela doença.

De acordo com Ferraz, a cidade de Santos possui 65% dos leitos de UTI da Baixada Santista, e que em maio a cidade registrou 186 internados em leitos tanto na rede pública, quanto privada ? um recorde para a cidade durante esta pandemia. ?No começo de outubro tivemos uma redução, com 62 pacientes nas UTIs. Atualmente estamos na casa dos 140 internados. Este é um número que nos preocupa?, disse.

Para ele, esses números obrigam a pasta a ficar atenta e cautelosa a fim de tomar medidas que evitem a perda de moradores da região em função da doença. ?Devido ao número, por maior o esforço, dedicação e competência, nossos médicos não conseguem salvar a todos. Isso é duro de dizer, mas é a realidade?, explica. Ao contrário dos internados, Fábio Ferraz acrescenta que não considera o número de casos positivos de Covid-19 das últimas semanas muito grande.

Após ser perguntado sobre os números acenderem um ?sinal vermelho?, o secretário de Saúde de Santos afirmou que a cidade tem condições de atender a todos que precisarem na Baixada Santista durante a pandemia. ?Tivemos um recorde de 82% de ocupação em maio. Hoje o número está oscilando em cerca de 50%. Um número desses, é claro, nos deixa em momento de alerta?, conta.

Ferraz diz que atualmente há 56 leitos de UTI prontos e desativados na Unidade de Pronto Atendimento (UPC) Central. ?Estão desativados porque para mantê-los disponíveis há um custo. Caso exista necessidade, nós temos como disponibilizar rapidamente novos leitos. A probabilidade é que a gente ative esses leitos e, se for necessário, abriremos novos também. Todos serão assistidos? explica.

O secretário também reforçou o papel da população na contenção do vírus, com o uso constante de máscaras e longe de aglomerações. ?Esse é um momento difícil, seja do ponto de vista econômico, social e acadêmico. As coisas precisam voltar para a normalidade, mas com moderação?, destaca.

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