Anvisa emite novas normas de vigilância contra o coronavírus nos portos brasileiros
Por #Santaportal em 29/02/2020 às 11:17
PORTO – Uma nova nota técnica emitida pela Anvisa ampliou a vigilância contra o novo coronavírus nos portos de todo o Brasil. De acordo com a Agência Nacional de Vigilância Sanitária, as autoridades portuárias devem ser avisadas com 30 dias de antecedência sobre a chegada de navios que passaram por algum país onde foram registrados casos da doença.
As novas normas da Anvisa, publicadas na última quinta-feira (27), preveem ainda que as embarcações que tiverem histórico de viagem para locais onde houve a transmissão do coronavírus devem apresentar o Livro Médico de Bordo quando solicitarem a emissão do Certificado de Livre Prática.
Desta forma, comandantes e agentes devem acrescentar informações sobre os novos países com o surgimento Covid-19 na Declaração Marítima de Saúde (DMS), em documento que deve ser preenchido para a avaliação das autoridades quanto à emissão de Livre Prática nos portos do país.
A Anvisa também recomenda que, em casos suspeitos de coronavírus, o tripulante deve ser mantido em local isolado e deve ser disponibilizada máscara cirúrgica até que seja realizada uma vistoria pela autoridade sanitária, em conjunto com a vigilância epidemiológica, no navio. Essas orientações fazem parte do Plano de Contingência local.
Depois que a avaliação for realizada, as autoridades poderão definir se o caso será descartado como suspeito ou o vigilante será mantido a bordo em quarentena. O tripulante também poderá ser removido para o hospital referência no combate à doença na região. No caso da área que compreende o Porto de Santos, o Hospital Emílio Ribas, em Guarujá, foi o escolhido para tratamento dos possíveis pacientes com coronavírus na Baixada Santista.
As recomendações feitas pela Anvisa devem estar em material informativo a ser divulgado em português em inglês. As recomendações quanto ao uso do Equipamento de Proteção Individual (EPI) também deverão ser comunicadas aos práticos, servidores da Receita Federal, Polícia Federal, Marinha do Brasil e Vigiagro, bem como os demais trabalhadores que tiveram contato direto com viajantes oriundo dessas áreas com transmissão local do novo coronavírus.