476 anos: Conheça a história por trás dos ícones de Santos

Por Santa Portal em 26/01/2022 às 07:30

Arquivo/Prefeitura de Santos
Arquivo/Prefeitura de Santos

Santos completa 476 anos nesta quarta-feira (26). Considerada a nona cidade mais antiga do país, Santos abriga muitos pontos turísticos, monumentos e detalhes icônicos que encantam turistas e enchem de orgulho os moradores.

A cidade foi fundada em 26 de janeiro de 1546, e ocupada por portugueses e espanhóis. Hoje, Santos possui o maior porto da América Latina, e está entre as cidades mais importantes para a economia brasileira.

A fundação de Santos veio após a fundação de São Vicente. Isso porque a comitiva de Martim Afonso de Souza começou a ocupar novos territórios na região, e assim começou a história de Santos, que também está entre as cidades mais antigas do Brasil.

Confira qual é a história por trás de alguns marcos da Cidade, que comemora 476 anos:

O Peixe

O Peixe da entrada de Santos
(Foto: Aquivo/Santa Portal)

De acordo com o jornalista e historiador Sergio Willians, autor do blog Memória Santista, o Peixe de metal que fica na entrada de Santos, e aquece o coração dos santistas quando chegam de viagem ao município, foi inaugurado em 1999. A obra é do artista Ricardo Campos Mota, o Rica, composta por chapas de aço em duas linhas curvas unidas por uma junção no topo, na forma de um arco inverso, imitando a boca aberta de um peixe.

A ideia do “Peixe” nasceu da proposta de criar uma identidade visual que traduzisse o DNA da cidade litorânea, simbolizando subliminarmente sua primeira “fonte de vida”. O “Peixe” é um gigante em números. Ele tem 25 metros de altura e pesa 45 toneladas. É sustentado por 21 estacas tubulares enterradas a 20 metros de profundidade. Sua base é feita com dois blocos contendo 16 metros cúbicos de concreto. Em 2021, o Peixe passou por obras para revitalização, junto ao pacote de serviços da entrada de Santos, realizado pela prefeitura.

Bonde

Bonde de Santos
(Foto: Divulgação/Prefeitura de Santos)

Sergio Willians conta em seu blog que os santistas nutriam uma verdadeira paixão pelo bonde, o transporte que começou puxado por simpáticos burrinhos em 1871 e que foi o principal responsável pela expansão da cidade a partir das últimas duas décadas do século XIX. Em 1909 tornou-se elétrico e cada vez mais uma espécie de palco para milhares de histórias. Porém, esta história não propiciou um “felizes para sempre” e, assim, o divórcio aconteceu numa estranha e “fria” noite de 28 de fevereiro de 1971, ocasião em que o carro de prefixo 258, da linha 42, apagou as luzes de uma era mágica para a cidade.

30 anos depois, o então prefeito Paulo Gomes Barbosa começou a considerar a volta dos bontes como meio alternativo de transporte e para atrair o turismo. Foi recuperado um velho bonde, sobrevivente, que jazia na garagem da Companhia Santista de Transporte Coletivo (CSTC). Tratava-se de um carro tipo camarão, que chegara a Santos em 1920, da Inglaterra. Depois de semanas recuperando o carril, de prefixo 46 da linha 13, ele ressurgiu. E, embora tenha ficado apenas dois anos nesta linha turística, representou um marco inicial pela sua volta definitiva, hoje representada pelos bondes turísticos do Centro Histórico.

Mureta

Mureta de Santos
(Foto: Reprodução)

Sergio Willians conta que as muretas de Santos têm uma história que remonta à época da Segunda Guerra Mundial. Com o objetivo de ‘embelezar’ a cidade e trazer apelo turístico neste período, surgiram as muretas, hoje um símbolo da cidade. Na Ponta da Praia, quando foi construída a avenida Almirante Saldanha da Gama, o local precisava de ‘acabamento’ após ter sido criada a divisão da faixa de areia e pedras que ali contém as ondas do mar. Foi aí que as muretas foram implementadas, como elemento decorativo.

Em 1941, logo após o início das obras de criação da avenida, o então engenheiro chefe da Diretoria de Obras da Prefeitura de Santos, Carlos Lang, apresentou ao prefeito o primeiro desenho do que se chamou de “Balaustrada da Avenida Almirante Saldanha da Gama”. O elemento, além de decorativo, tinha como função proteger os transeuntes em suas passagens pelo calçamento de pedestres. Com influência do “art déco”, as obras de implantação da balaustrada da avenida Almirante Saldanha da Gama foram entregues em meados de 1945.

Aquário

Aquário de Santos
(Foto: Divulgação/Prefeitura de Santos)

Inaugurado em 2 de julho de 1945, o Aquário de Santos teve sua estréia com presença do presidente da República, Getúlio Vargas, curioso aos detalhes, que caminhava ao lado do prefeito de Santos, Antônio Gomide Ribeiro dos Santos, e do comandante da Marinha do Brasil, Armando Pina, pelos corredores do novo equipamento turístico da cidade. Vargas estava contente com o resultado daquele pequeno prédio situado na orla da Ponta da Praia, que além de ser o primeiro Aquário público do país, prometia se tornar o equipamento de turismo mais visitado de São Paulo.

O Aquário contava com cavalos-marinhos, peixes morcego, galo, roncador, corvinas, tainhas, guaiviras, garoupas, polvos, siris, peixes espadas, moreias, camarões, entre dezenas de outras espécies do mar e de água doce, como as piranhas, carpas, pacus e peixes dourados. Para se ter uma ideia do sucesso do equipamento, no ano seguinte, em 1946, só no mês de setembro foram registradas a passagem de pouco mais de 135 mil pessoas pelo lugar. Até meados dos anos 1960, a média anual ultrapassava facilmente a casa do milhão de visitantes.

Jardim da praia

Orla da praia de Santos vista áerea
(Foto: Divulgação/Prefeitura de Santos)

A cidade possui os Jardins da Orla de Santos, classificados como o maior jardim frontal de praia em extensão do mundo, pelo Guinness Book of Records. Foi inaugurado em 1945, pelo então Presidente da República Getúlio Vargas.

Porto de Santos

Porto de Santos
(Foto: Divulgação/SPA)

A história de Santos se confunde com a história do Porto. Isso porque, foi graças a ele, que a cidade foi batizada com este nome. Segundo historiadores, as primeiras residências ficavam próximas à foz do córrego São Jerônimo, onde ficava um porto. Outras pessoas foram chegando e teve início o plantio de cana-de-açúcar e outros gêneros. Um maremoto em 1541 na Vila de São Vicente fez com que mais gente fosse para a região do porto, onde já havia também uma capela de Santa Catarina. Essa pequena igreja era chamada Porto de Santos. Depois, quando a cidade foi oficialmente fundada em 1546, passou a se chamar apenas Santos.

loading...

Este site usa cookies para personalizar conteúdo e analisar o tráfego do site. Conheça a nossa Política de Cookies.