04/11/2024

Morre o cantor Agnaldo Rayol, célebre por sua voz de barítono, aos 86 anos

Por Folha Press em 04/11/2024 às 13:54

Reprodução/Instagram
Reprodução/Instagram

Morreu na madrugada desta segunda-feira (4) o cantor e apresentador Agnaldo Rayol, que ficou conhecido por sua voz única e participações na televisão brasileira, aos 86 anos. Ele morreu após sofrer uma queda no apartamento onde morava, em Santana, na zona norte de São Paulo. A informação foi confirmada pelo hospital HSANP, onde ele foi internado.

Segundo sua assessoria de imprensa, o artista bateu a cabeça ao cair durante a madrugada, enquanto ia ao banheiro. A lesão gerou um corte.

A ambulância enviada pelo Samu demorou cerca de 45 minutos para chegar ao prédio, ainda de acordo com a equipe do artista. Ao chegar no hospital, constatou-se que Rayol sofrera um traumatismo craniano. Ele foi intubado, mas não resistiu.

A voz de barítono marcou a vida profissional de Rayol. É um tipo de extensão vocal acima do tenor, mescla de grave e aveludado, e menos intenso que a dos baixos.

Seu repertório era repleto de músicas românticas. Estão entre seus grandes sucessos a interpretações que ele fez de canções italianas como “Mia Gioconda” e “Tormento d’Amore”, esta usada na abertura da novela “Terra Nostra”, da TV Globo.

Rayol começou a cantar muito cedo, aos cinco anos, no programa “Papel Carbono” da Rádio Nacional do Rio de Janeiro. Depois ele se mudou para Natal, onde trabalhou em rádios locais.

Ele pausou a carreira quando chegou à adolescência -sua voz foi afetada pelas mudanças hormonais da idade. Voltou à ativa nos anos 1950, tendo sido contratado pela rádio Tupi em 1956, e lançado um disco dois anos depois.

Além de cantor, Rayol foi apresentador de TV e ator, tendo participado de novelas da TV Record como “As Pupilas do Senhor Reitor”, lançada em 1970, e “Os Deuses Estão Mortos”, do ano seguinte.

Comandou ainda os programas “Corte-Rayol Show” e “Agnaldo RayoI Show”, também na Record, nos anos 1960.

Ele trabalhou também no cinema. Estreou aos dez anos no filme “Também Somos Irmãos, e depois lançou filmes como o aventuresco “Agnaldo, Perigo à Vista”, em 1969, “A Herança”, em 1971, e “Possuídas pelo Pecado”, em 1976.

Rayol se considerava um homem namorador, como já disse em entrevistas. Ele foi casado com Maria Gomes, que conheceu num programa da Record.

Ainda não foram divulgadas informações sobre velório e enterro.

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