Filme ‘Okinawa Santos’ narra o lado obscuro da imigração japonesa em São Vicente

Por Santa Portal em 04/08/2024 às 13:00

Reprodução
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Em 24 horas, 6.500 imigrantes japoneses que viviam no litoral santista foram obrigados a deixar suas residências, abandonar seus bens e suas propriedades, saindo somente com a roupa do corpo, ao lado de familiares. Esse é um capítulo da história que o filme ‘Okinawa Santos’ conta no projeto Hajimari – Mostra Audiovisual da Cultura Japonesa. Uma sessão gratuita da obra será apresentada nesta segunda-feira (5), a partir das 18h30, no Espaço Multicultural 22 de Janeiro (antigo Cine3D), em São Vicente.

O cineasta japonês Yoju Matsubayashi, diretor da obra, estará no evento para um bate-papo com o público para descrever como aconteceu o “Incidente de Santos” sob a ótica das 186 horas de entrevistas gravadas.

Para o presidente da Associação Nipo-Brasileira de São Vicente, Fábio Igai, a ação tem o objetivo de homenagear as famílias japonesas e as vítimas das bombas atômicas de Hiroshima e Nagasaki.

 “Será um momento de reflexão sobre a paz, que as novas gerações conheçam a história de seus antepassados, para juntos aprendermos com os erros do passado para que possamos juntos construir uma sociedade pacífica e próspera”, define.

A retirada dos ingressos gratuitos inicia-se às 18h, no local onde será realizada a sessão. O evento é uma realização da Associação Nipo-Brasileira de São Vicente e Associação Okinawa Kenjin do Brasil com apoio da Secretaria de Cultura da Prefeitura de São Vicente.

Retratação

A Comissão de Anistia do Ministério dos Direitos Humanos e Cidadania reconheceu, no último dia 25, a repressão e perseguição política sofridas pelos imigrantes japoneses e seus descendentes durante o Governo de Getúlio Vargas, entre 1937 e 1945, assim como de Eurico Gaspar Dutra, de 1946 a 1951.

Neste período, os japoneses e seus descendentes tiveram restrições de direitos, foram submetidos a confinamento em campos de concentração, expulsões em massa e confisco de bens. O pedido de desculpas aos japoneses foi apresentado pela presidente da Comissão de Anistia, Eneá de Stutz e Almeida.

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