Família, fãs e amigos se despedem de Ziraldo no Rio de Janeiro

Por Folha Press em 07/04/2024 às 13:33

Fernando Frazão/Agência Brasil
Fernando Frazão/Agência Brasil

Acontece neste domingo (7), no Rio de Janeiro, o velório do cartunista Ziraldo, que morreu ontem aos 91 anos de idade.

O velório acontece desde as 10h no MAM (Museu de Arte Moderna). Amigos, familiares e fãs prestam suas homenagens na Avenida Infante Dom Henrique, 85 – Parque do Flamengo.

O enterro começa às 16h30. Ziraldo será sepultado no Cemitério São João Batista.
O cartunista morreu dormindo em seu apartamento no bairro da Lagoa, na Zona Sul do Rio, pouco depois das 14h de hoje (6).

“Ele teve um AVC faz um tempo e já estava com a saúde frágil, estava bem fraquinho”, disse Cecília, cunhada de Ziraldo, casada com Zelio, irmão do cartunista, a Splash. “Ele estava em casa e faleceu agora de tarde, pouco depois das duas da tarde.”

Ziraldo teve um AVC em 2018, quando ficou internado em estado grave e teve alta após um mês. Depois disso, deixou os holofotes, mas teve de desmentir uma fake news de sua morte em 2019. Ele também teve um infarto leve em 2013, quando estava na Alemanha.

Segundo a filha de Ziraldo, Daniela Thomas, ele teve falência múltipla de órgãos, mas a causa oficial da morte ainda será confirmada. “Ele simplesmente parou de respirar. Já eram seis anos acamado, e começou ultimamente a ficar com muita fraqueza, ter muita febre”.

Vida e obra

Ziraldo nasceu em Caratinga, Minas Gerais, em 24 de outubro de 1932.
Começou sua carreira em 1954, na “Folha da Manhã” (hoje, Folha de São Paulo), com uma coluna de humor.

Ele se formou em Direito, em 1957, na Faculdade de Direito de Minas Gerais.
Casou-se em 1958, com Vilma Gontijo, com quem teve três filhos.

Ziraldo começou a ganhar fama nacional com os trabalhos na revista O Cruzeiro e Jornal do Brasil.
Lançou em 1960 a revista em quadrinhos “Turma do Pererê”, a primeira história em quadrinhos a cores produzida no Brasil. A obra também foi o primeiro gibi brasileiro feito por um só autor.

A história foi cancelada após o início da ditadura militar, voltando nos anos 70.
Lançou em 1980 sua obra mais famosa, “O Menino Maluquinho“.

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