Conheça Luiza Perote, que viralizou desfilando em quintal e agora faz sucesso no mundo da moda

O nome Luiza Perote pode não soar familiar para quem não é familiarizado com o mundo da moda, mas é só folhear as páginas de uma revista de moda brasileira ou de outros países que, muito provavelmente, seu rosto será facilmente encontrado. A modelo amazonense de 19 anos vem ganhando as passarelas internacionais e despontando em campanhas de grifes de luxo.

Antes de ser vista desfilando em Nova York, Paris ou Londres, Luiza atraiu milhares de olhares em um cenário bem mais simples: o corredor lateral de sua casa. Durante a pandemia, ela viralizou em um vídeo emulando o andar das tops no quintal da casa onde morava, em Humaitá, no Amazonas. Enquanto mostra seu catwalk, uma rede balança ao fundo. “Tentando viralizar meu sonho”, dizia a legenda (assista abaixo).

Logo depois do vídeo, seu primeiro trabalho como modelo profissional foi publicado: um editorial para a Vogue. Para efeito de entendimento, no concorrido mundo das modelos, estrear a carreira na maior publicação de moda do país é sinal de sorte. Agenciada pela Evol Manegement, Luiza foi vista como a “newface” do momento pela agência, que apostou nela desde o início.

“Eu fui descoberta com 13 anos, em um shopping em Porto Velho, perto da cidade onde eu nasci –Humaitá, no Amazonas. Eu participei de um concurso em Manaus, promovido pela agência Backstage [uma agência local]. Ganhei o primeiro lugar”, diz ela, em entrevista ao F5.

Apesar de ter tido destaque já aos 13, a modelo só se iniciou mesmo no mundo das passarelas aos 17, quando se mudou para Manaus e, em seguida, para São Paulo. Na capital paulista, passou um tempo se adaptando e crescendo no mercado. Morou nas famosas casas de modelo e pôde vivenciar todas as experiências esperadas para as garotas que começam uma carreira na moda.

“Eu achava que eu já ia chegar, que eu já ia fazer tudo, que eu ia ser ‘UAU’. Eu sempre fui muito assim. Sempre otimista. E sempre acreditei muito que ia fazer o meu melhor”, conta ela. No ano seguinte, 2023, sua carreira começou realmente a deslanchar: “Fiz meus primeiros editoriais: Elle, Marie Claire, Vogue”. “A partir do meio do ano, as marcas começaram a me ver um pouco.”

Nesse mesmo ano, Luiza também participou de sua primeira São Paulo Fashion Week, que iria prepará-la para as semanas de moda internacionais que estavam por vir. “Eu estava muito feliz, apesar de não ter feito muita coisa, era a minha primeira experiência, meu primeiro contato com aquilo, então eu tava bem animada”, contou.

Já em 2024, seguindo os planos de sua agência, a modelo partiu para a Europa e para os Estados Unidos e desfilou durante todo o ano para marcas como Fendi, Chanel, Alexander McQueen, Bottega Veneta, Gucci e Coperni.

Muitos de seus seguidores perguntaram por que a modelo não esteve na passarela do recente Victoria’s Secret Fashion Show. A modelo chegou a fazer testes, mas não foi selecionada –e sua agência explicou que ainda não era a hora de encarar o grande evento.

Já no fim de uma temporada de sucesso, a modelo opina sobre as práticas alimentares e de exercícios físicos das modelos atualmente: “Essa questão de medida, exercício físico, rotina, mexe muito com a cabeça de muitas modelos”. “As marcas exigem muito também. No geral, eles exigem a magreza”, afirma.

“Algumas pessoas conseguem isso com facilidade, outras têm mais dificuldade, acabam exigindo muito de si.”

Luiza diz que, em meio a muita pressão, tenta manter a rotina de exercícios e se alimentar de forma saudável. “E difícil ter uma rotina. A gente cada hora está em um lugar diferente, com comidas diferentes e horários diferentes”, lembra. “Só que eu sempre gosto de treinar. Eu faço boxe, tem umas aulas de corrida que eu faço também. Estou sempre em busca de alguma forma de poder estar treinando.”

Ela diz que seu corpo de modelo vem com exercícios e alimentação: “Eu como saudável, por saúde e também para manter o corpo, sim. Não é só genética, é também esforço”.

A modelo contou que também cuida com a ajuda de uma analista para lidar com as comparações e desafios da profissão. “Eu consigo fazer análise, que me ajuda a estar bem comigo, no geral, não só no meu trabalho, mas na minha vida pessoal, o que é muito importante.”